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A ansiedade é uma emoção comum de todo ser humano. A sensação desesperadora antes de uma prova, um problema no trabalho e uma rotina acelerada podem causar ansiedade. Por isso, as pessoas tentam cada vez mais aplacar esse sentimento de várias formas.
Quando a ansiedade se torna excessiva, o que era apenas uma emoção pode evoluir para um distúrbio de ansiedade. Contudo, o tratamento é essencial. "Os medicamentos para ansiedade são fundamentais para o tratamento mais equilibrado, seguro e restaurador nos dias atuais, mas nunca isoladamente", explica o psiquiatra Roberto Miotto.
De acordo com a psiquiatra Ziyad Abdel Hadi, especialista da Clínica Maia, os medicamentos para ansiedade têm como finalidade estabilizar o paciente para que ele possa restaurar a sua funcionalidade, isto é, levar uma vida mais próxima do que era antes da doença se manifestar.
Geralmente é feita uma combinação de terapia, psicoterapia e tratamento medicamentoso para tratar um transtorno de ansiedade. Isso vai variar um pouco conforme o tipo de quadro de ansiedade de cada pessoa, afirmam os especialistas.
Sabendo que o tratamento é tão importante, se o medicamento que o paciente toma está em falta para retirada pelo SUS ou pelo plano de saúde, quais as consequências? Entenda o que fazer nessas situações mais abaixo.
O que fazer se meu medicamento está em falta?
Em caso de falta do medicamento a primeira alternativa é procurar seu médico. Ele saberá indicar a melhor alternativa, já que varia muito para cada caso.
É necessário saber qual quadro de ansiedade está sendo tratado, se é um transtorno de ansiedade generalizada, um quadro fóbico ou um transtorno de pânico.
Segundo a psiquiatra Ziyad Abdel Hadi, o medicamento será substituído por outro que pertença ao mesmo grupo do remédio que está em falta e com uma eficácia similar.
Além disso, se você retira seu antidepressivo pelo SUS e ele está em falta é possível entrar em contato com a ouvidoria do SUS. A mesma coisa acontece se seu medicamento está em falta e você tem plano de saúde, pode procurar a ouvidoria dos planos de saúde.
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Medicamentos receitados para depressão
O psiquiatra Roberto Miotto explica que os medicamentos usados para tratar o distúrbio da ansiedade são:
- Fitoterápicos
- Benzodiazepínicos
- Ansiolíticos puros
- Estabilizadores do humor
- Antidepressivos-ansiolíticos
- Neurolépticos.
"Cada um destes remédios irá atuar em um neurotransmissor específico do cérebro", ressalta Ziyad Abdel Hadi, especialista em saúde mental e dependência química.
Como a falta do medicamento prejudica o paciente
Em alguns casos a falta do medicamento causa prejuízos imediatos. Em geral, os ansiolíticos têm ação imediata, diferente dos antidepressivos que demoram dias para o paciente obter efeitos consideráveis. Dessa forma, os danos são perceptíveis.
"A ansiedade volta se o tratamento for interrompido, ou seja, no dia seguinte a pessoa já está novamente com o quadro de ansiedade que ela tinha antes de começar a medicação", afirma o psiquiatra Mario Louzã, membro filiado da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo.
Posso aumentar os intervalos com que tomo o medicamento?
Os especialistas não recomendam reduzir a dosagem do medicamento a fim de economizá-lo. Isso porque provoca a redução do nível do medicamento no sangue, com risco de reaparecimento dos sintomas.
"Há pacientes que, com dois dias sem medicamento ficam extremamente ansiosos e depressivos, enquanto outros podem levar um mês para sentir tais sintomas", esclarece Ziyad.
Um esquema comum é dividir os comprimidos para tomar por mais tempo. Essa atitude não é indicada e pode causar diversos problemas ao paciente. "As dosagens são estritamente calculadas pelo médico que avalizou e examinou o paciente. Isso não deve ser modificado sem a decisão do mesmo", aconselha Miotto.
Em caso de dúvida sobre o medicamento a bula tem no item 6 "Como devo usar este medicamento" informações para sanar as dúvidas.
É possível substituir o medicamento?
Existem formas de substituir o medicamento que está em falta. Hoje há diversos medicamentos disponíveis para tratar a ansiedade. Por isso, é importante procurar a ajuda médica para que a substituição seja feita.
Embora essa seja a alternativa mais plausível neste caso, quando ocorre a troca do medicamento leva um tempo até que a pessoa acostume com o novo. "O organismo do paciente está adaptado ao medicamento específico, não adianta dizer que se trocar um pelo outro vai dar tudo na mesma, não é assim", explica Louzã.