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Uma pele jovem tende a ser mais lisa e elástica pela alta quantidade de ácido hialurônico produzida pelo corpo. Com o passar dos anos, a produção do ácido diminui, resultando na redução da elasticidade da pele - o que contribui para o surgimento de rugas e linhas de expressão.
O skinbooster é um procedimento injetável e dermatológico, feito com ácido hialurônico de baixo peso molecular com o objetivo de promover a hidratação profunda da pele, além do rejuvenescimento facial, melhora das rugas finas, firmeza e reposição da perda da elasticidade cutânea.
Embora seja um ácido hialurônico (mesmo princípio ativo dos preenchedores), o principal objetivo do skinbooster não é preencher, mas sim deixar a pele revitalizada e rejuvenescida por meio da hidratação profunda.
Como funciona?
O skinbooster é uma técnica realizada em consultório por meio de cânulas e agulhas bem finas para injetar o ácido hialurônico no local de aplicação. A fim de gerar maior conforto e tornar o procedimento tolerável, é feita a aplicação de anestésico tópico (creme anestésico) na região.
O procedimento deve ser realizado por dermatologistas com qualificação para evitar complicações vasculares. Alguns hematomas ou equimoses podem surgir, mas geralmente são leves e discretos. Áreas em que a pele é mais fina, como o pescoço e ao redor dos olhos, tendem a fazer hematomas mais facilmente.
Quais os benefícios do skinbooster?
O "booster" (impulsionador, em inglês) age de forma a impulsionar uma hidratação profunda. Dentre os benefícios do procedimento estão:
- Hidratação
- Melhora no aspecto da pele fina e frágil
- Sustentação para linhas de expressão
- Firmeza na pele
- Melhora a elasticidade cutânea
- Preenchimento de rugas finas e superficiais
- Pele mais radiante
- Em alguns pacientes, melhora de melasmas.
Riscos e contraindicações do skinbooster
Por ser um procedimento injetável, existem contraindicações, como:
- Pacientes com alergia ao ácido hialurônico
- Tratamento com imunossupressores (supressão das reações imunitárias do organismo induzida por medicamentos)
- Pacientes fazendo quimioterapia
- Alteração de coagulação ou uso de anticoagulantes.
Para as gestantes ou lactantes é recomendado evitar o procedimento. No geral, os riscos mais frequentes do skinbooster são edemas (inchaço), vermelhidão e pequenos sangramentos, que podem levar ao aparecimento de hematomas leves ou manchas roxas (que normalmente desaparecem em alguns dias).
Onde pode ser aplicado?
O skinbooster é indicado para regiões ressecadas ou craqueladas, que precisam de mais hidratação. O procedimento pode ser feito na região do rosto (lábios, áreas com rugas, ao redor dos olhos), no pescoço, no colo e nas mãos.
Cuidados pós-tratamento
A técnica de skinbooster é bem tranquila, mas requer alguns cuidados:
- Não massagear o local por 24 horas
- Em caso de edema, usar compressa fria no local
- Usar protetor solar, principalmente se houver marcas roxas nos locais de aplicação (risco de manchar no sol)
- Não entrar em mar ou na piscina por aproximadamente 48 horas
Existe skinbooster caseiro?
O skinbooster é um produto industrializado e não há nenhuma forma de realizá-lo em casa. Porém, para melhorar o aspecto da pele é possível tomar cuidados simples, como levar um estilo de vida saudável e não negligenciar os cuidados com a pele:
- Mantenha uma dieta rica em antioxidantes, como frutas, verduras e legumes (quanto mais variado, maior a quantidade de vitaminas)
- Tome muita água (a hipohidratação faz o organismo economizar a água que envia para a pele, deixando-a mais seca)
- Consuma proteínas e sais minerais (essenciais para a produção de colágeno)
- Evite cigarros e bebidas alcoólicas em excesso
- Pratique exercícios físicos, pois também criam uma ação antioxidante
- Tenha um sono de boa qualidade
- Use filtro solar frequentemente
Referências
Beatriz Lassance, médica e cirurgiã plástica e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e do American College of LifeStyle Medicine;
Letícia Bortolini, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia;
Mariana Corrêa, médica dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica;
Roberta Almada, médica dermatologista e residente médica em dermatologia UNISA/SP