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Quem sofre com prisão de ventre, muitas vezes, também reclama de inchaço na região abdominal e gases. É importante compreender, primeiro, que a constipação intestinal é uma manifestação clínica de diferentes distúrbios ou doenças, como constipação funcional, síndrome do intestino irritável, entre outros. E, por ser um sintoma, pode estar associada a outras condições, como dor e desconforto abdominais e "gases presos".
Na constipação que ocorre devido ao trânsito intestinal lento, por exemplo, a produção de gases é intensificada, na mesma medida que a eliminação desses gases diminui, causando a sensação de estufamento. Isso acontece devido a ação prolongada das bactérias intestinais sobre alguns substratos fecais. E esses "gases presos" podem causar:
- Mal-estar
- Dor e desconforto abdominais
- Distensão abdominal, a sensação do aumento do volume abdominal (inchaço).
Esses sintomas impactam diretamente na qualidade de vida. Além disso, não é raro o paciente comparecer ao consultório se queixando desses incômodos com medo de ter uma doença grave, e, após ser avaliado pelo médico, se surpreender com o diagnóstico de que, na verdade, a causa do mal-estar é uma grande quantidade de gases intestinais.
Vale lembrar que o excesso de gases também pode estar associado a outras condições, como intolerância à lactose e doença celíaca, e que devem ser diagnosticadas e, de preferência, acompanhadas por médicos especialistas.
Como evitar a produção excessiva de gases?
Além dos laxantes e medicamentos específicos, existem algumas ações que ajudam a reduzir a produção de gases e evitar a sensação de estufamento, como:
- Evitar mascar chicletes para diminuir a deglutição de ar
- Reduzir o consumo de alimentos que aumentam a produção dos gases, como os carboidratos não-absorvíveis, como feijão, repolho e cebola
- Melhorar a motilidade intestinal com a prática regular de atividade física
- Aumentar o consumo de líquidos e de alimentos ricos em fibras.
Tratar a constipação intestinal também ajuda a evitar os "gases presos". Para isso, é indicado tentar ter uma rotina para idas ao banheiro, tentando criar horários fixos para melhorar o hábito intestinal, usando a postura adequada no vaso sanitário e evacuando assim que o intestino indicar que precisa eliminar as fezes. O consumo adequado de fibras alimentares e de líquidos e a prática regular de atividade física também são essenciais para um bom funcionamento intestinal.