Redator de saúde e bem-estar, entusiasta de pautas sobre comportamento e colaborador na editoria de fitness.
Nos últimos dois anos, o combate contra o coronavírus foi prioridade para a imensa maioria da população brasileira, enquanto outras doenças ficaram em segundo plano. No entanto, tanto o sistema de saúde público quanto o privado seguiram enfrentando essas doenças infecciosas, como a dengue.
Uma pesquisa conduzida pelo Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria), à pedido da biofarmacêutica Takeda e coordenada pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), apontou que 31% dos brasileiros acreditam que a doença deixou de existir nos últimos dois anos. Entre estes entrevistados, 28% afirmam que não ouviram mais falar da dengue e 22% justificam que "toda doença agora é COVID-19".
Ainda de acordo com o levantamento, 53% dos entrevistados afirmam que o nível de contágio da dengue se manteve durante a pandemia, porém, 22% acreditam que esse risco diminuiu. O estudo entrevistou duas mil pessoas, a partir de 18 anos, de todas as regiões do país.
Conscientização sobre a dengue
A pesquisa também revelou uma falta de conhecimento sobre a doença, evidenciando um obstáculo na conscientização. Apesar de 76% apontarem a picada do mosquito Aedes aegypti como forma de transmissão da doença, 8% dos entrevistados ainda não sabem ou não lembram como a dengue é transmitida.
Além disso, 59% dos entrevistados não souberam responder quantas vezes uma pessoa pode contrair a doença e 16% acreditam que podem contrair um número ilimitado de vezes. Apenas 2% responderam que uma mesma pessoa pode ter dengue até quatro vezes.
Estes dados acendem um alerta sobre a maneira como a dengue é vista pela população geral. "Os resultados da pesquisa confirmam que ainda precisamos falar sobre a dengue e não deixar que a doença caia no esquecimento da população. Existe um longo caminho para a conscientização e estamos empenhados em contribuir com esse objetivo", afirmou Abner Lobão, Diretor Executivo da biofarmacêutica Takeda no Brasil, em nota.
Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2021, mais de 534,7 mil casos prováveis de dengue foram registrados no Brasil, representando uma queda de 43,4% em relação a 2020, que atingiu a marca de um milhão de casos de dengue. A subnotificação de alguns casos pode ser uma das explicações para essa queda.
Como se proteger da dengue?
A melhor forma de prevenção contra a dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Isso é possível através de algumas ações, como:
- Elimine água de possíveis criadouros do mosquito, como vasos, pneus, garrafas, piscinas sem uso e outros recipientes
- Coloque tela nas janelas
- Coloque areia nos vasos de plantas
- Tampe bem as tampas de lixo
- Aplique desinfetante nos ralos
- Limpe as calhas.
Também é essencial procurar atendimento médico se apresentar febre alta (maior que 38ºC) combinada de pelo menos dois dos seguintes sintomas:
- Dor atrás dos olhos
- Manchas vermelhas na pele
- Náusea e vômitos
- Linfonodos inchados
- Dor de cabeça severa
- Dores musculares e articulares.