Médica pediatra com especialidade em Neonatologia pela Universidade de São Paulo (FMUSP) e 4 anos de experiência interna...
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Assim como outros nutrientes, a vitamina D é essencial para o desenvolvimento saudável dos bebês. Ela colabora, por exemplo, com a construção dos ossos e o fortalecimento do sistema imunológico, segundo a pediatra Juliana Duarte Ruy Pimenta, da Rede Plus.
Justamente por esse motivo, a falta dessa vitamina pode trazer sérias consequências para a saúde dos pequenos. Entre elas estão atrasos no crescimento e raquitismo - que é uma doença especialmente comum em crianças, capaz de deixar os ossos fracos e tortos.
Como os bebês obtêm vitamina D?
Como nos adultos, a principal forma dos bebês obterem vitamina D é a partir da exposição solar, uma vez que o contato com os raios solares estimula a produção do nutriente no organismo.
O indicado é, então, que os lactentes fiquem no sol apenas de fralda de 6 a 8 minutos três vezes na semana, sempre evitando o horário de maior incidência de raios ultravioletas, isto é, entre 10 e 16 horas. Conforme as crianças forem crescendo, a dica é apostar em brincadeiras ao ar livre para tornar o momento mais divertido e, dessa forma, garantir o tempo de exposição adequado para a síntese de vitamina D.
Suplementação como grande aliada
O problema é que, mesmo seguindo todas as recomendações, as taxas de vitamina D ainda podem ficar baixas. Para evitar isso, a Sociedade Brasileira de Pediatra indica a suplementação preventiva após a primeira semana de vida para todos os bebês até os 2 anos de idade.
Quanto às doses, as mais comuns são de 400 UI por dia até os 12 meses e 600 UI por dia a partir de 1 ano. A pediatra Juliana, no entanto, faz um alerta: “Cada caso precisa ser avaliado individualmente. O melhor é consultar um especialista antes de dar qualquer suplemento para o bebê”.
A orientação médica é fundamental porque, em algumas situações, as doses precisam ser menores ou maiores que a média, como quando o bebê tem algum fator de risco para a deficiência de vitamina D, incluindo: obesidade, desnutrição e doenças que dificultam o metabolismo do nutriente (fibrose cística, doença de Crohn, doença celíaca, entre outras).
Como identificar uma deficiência?
A carência de vitamina D não costuma provocar sintomas e, mesmo quando isso acontece, é bem difícil de reconhecê-los, já que os bebês não conseguem explicar o que estão sentindo.
O ideal é consultar um pediatra com frequência para acompanhar, com exames, se as taxas de vitamina D estão se mantendo acima de 20ng/ml de sangue, que é o considerado saudável. Caso haja alguma alteração, ele poderá indicar o tratamento mais adequado.