Infectologista da Clínica Sartor, é médico formado pela Universidade de São Paulo em 2015.Formado pela Faculdade de Medi...
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Os sintomas de vírus sincicial respiratório podem ser, muitas vezes, confundidos com outras infecções respiratórias, como resfriado e gripe. Porém, esse vírus contagioso pode causar doenças graves em alguns grupos de risco, como recém-nascidos e crianças de até dois anos.
Por isso, conhecer os principais sinais dessa infecção é fundamental para iniciar o tratamento correto e, assim, reduzir as chances de complicações. No conteúdo a seguir, o MinhaVida explica mais sobre o que é vírus sincicial respiratório e seus sintomas. Confira!
O que é vírus sincicial respiratório e como é transmitido?
O vírus sincicial respiratório (VSR) é um dos principais patógenos causadores de infecção respiratória. Ele afeta, principalmente, os brônquios e os pulmões, causando bronquiolite e pneumonia. A sua circulação ocorre com maior intensidade no outono e no inverno.
A transmissão do VSR ocorre através do contato com uma pessoa infectada, por meio da secreção (fala, tosse ou espirro). Também é possível se contaminar ao ter contato com objetos infectados. As doenças causadas por esse vírus são altamente contagiosas e a sua transmissão é rápida.
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“É importante observar que a doença acomete com maior frequência e de forma mais grave crianças, principalmente nas menores de 6 meses de idade, mas também pode acontecer em indivíduos idosos com mais do que 60 anos ou indivíduos com quadros de imunidade baixa, como pacientes oncológicos ou transplantados”, afirma Igor Maia Marinho, coordenador médico da equipe de Infectologia do Hospital São Camilo Pompeia, de São Paulo.
Principais sintomas de vírus sincicial respiratório
Os sintomas de vírus sincicial respiratório estão relacionados ao sistema respiratório. De maneira geral, os sinais iniciais são:
- Tosse aguda
- Congestão nasal
- Dor de garganta
- Febre
- Dor de cabeça
- Dor no peito
- Fadiga
Como o vírus sincicial respiratório pode causar diferentes doenças, há alguns sintomas que podem variar de acordo com o tipo de infecção. Por exemplo, no caso de bronquiolite, podem haver sinais como:
- Tosse intensa (com ou sem catarro)
- Desconforto respiratório
- Falta de ar leve
Já nos quadros de pneumonia, que é uma infecção mais grave, os pulmões podem ser comprometidos, causando sintomas como:
- Desconforto torácico
- Aumento das secreções respiratórias
- Febre
- Falta de ar intensa
- Fadiga e prostração
Sinais de agravamento da infecção
Alguns sintomas podem ser mais intensos, indicando que há um possível agravamento da doença.
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“A presença de sintomas, como febre de difícil controle, especialmente se associada com calafrios, falta de ar importante a esforços que eram habituais, sonolência excessiva e confusão mental, entre outros, pode estar relacionada a alertas para possíveis quadros de infecção mais grave pelo VSR”, afirma Igor.
Quando buscar ajuda médica?
Normalmente, a infecção por vírus sincicial é aguda, ou seja, dura de dias a, no máximo, duas semanas. “Os quadros que durem mais do que isso devem ser investigados para outras possíveis causas associadas”, orienta o especialista.
Além disso, também é importante buscar ajuda médica ao notar o agravamento dos sintomas, principalmente em bebês que estão com bronquiolite.
“Febre de difícil controle, tosse em salvas, falta de ar ou desconforto respiratório relacionado a um maior esforço respiratório, respiração ofegante ou cianose (quando a criança fica com coloração da pele arroxeada), redução da ingestão de líquidos e de alimentos e sonolência ou agitação excessiva são fatores que podem estar relacionados com pior evolução, sendo importante consultar um médico”, completa Igor.
Quais são as opções de tratamento?
Ainda não existe um tratamento específico para o vírus sincicial respiratório, como um antiviral capaz de impedir a ação do patógeno. Mas já existem medicamentos capazes de prevenir a infecção por esse vírus.
É o caso do Palivizumabe, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Ele é indicado para bebês prematuros com menos de um ano de idade para crianças menores de dois anos com doença cardíaca congênita ou doença pulmonar prévia.
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Recentemente, um novo medicamento, o Nirsevimabe, foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No entanto, ainda não há previsão de quando o medicamento estará disponível para comercialização.
Por isso, o tratamento do VSR é feito com medicamentos que possam controlar os sintomas, como remédios para reduzir a febre e a tosse, assim como fármacos para controlar a secreção nasal.