Daniela Miyake é médica Ginecologista e Obstetra, chefe do Centro Obstétrico da Santa Casa de São Paulo.Atua na precepto...
iRedatora de saúde e bem-estar, autora de reportagens sobre alimentação, família e estilo de vida.
O pré-natal é um processo essencial para garantir a saúde da gestante e do feto. A partir desse acompanhamento médico é possível, por exemplo, identificar alguma anormalidade na gestação ou no desenvolvimento do bebê. O MinhaVida listou os principais exames que devem ser feitos na gravidez e explica para que serve cada procedimento. Confira!
1. Ultrassonografia
A ultrassonografia é um dos primeiros exames solicitados para confirmar a gestação, a idade gestacional, o número de fetos e os batimentos cardíacos. De acordo com a ginecologista e obstetra Daniela Miyake, o procedimento deve ser realizado ao menos duas vezes no primeiro trimestre.
“Existem casos em que ocorre o que nós chamamos de erro de data, em que a data da última menstruação não tem nada a ver com a idade do bebê, o que, inclusive, pode acontecer com frequência”, explica.
Ao longo da gravidez o exame pode ser solicitado mais vezes para acompanhar a evolução da gestação, diagnosticar má-formações, descobrir o sexo do bebê e avaliar a possibilidade de prematuridade.
2. Tipagem sanguínea (ABO/Rh)
A tipagem sanguínea também é um dos exames solicitados durante as primeiras consultas pré-natais. Ele busca diagnosticar o tipo sanguíneo da mãe e avalia se há risco de incompatibilidade do sistema Rh materno e do bebê.
“É importantíssimo saber a tipagem sanguínea materna, porque existe uma doença que se chamada eritroblastose fetal, que pode acontecer quando a mulher tem o Rh negativo e o pai tem o Rh positivo”, conta Miyake.
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3. Exames sorológicos
As sorologias são solicitadas para detectar Infecções Sexualmente Transmissíveis e doenças altamente transmissíveis, como HIV, sífilis, hepatites B e C, citomegalovírus, toxoplasmose e rubéola. “[As doenças] podem causar má formação fetal, então é importante a gente saber qual é o status imunológico dessa grávida”, ressalta a especialista.
4. Urina tipo 1 e urocultura
Os exames de urina tipo 1 e a urocultura são dois procedimentos bastante recorrentes na gravidez. Eles avaliam a existência de infecção urinária, quadro comum em gestantes, e podem ser repetidos no primeiro e no terceiro trimestre de gestação.
5. Hemograma completo
O hemograma completo monitora os aspectos do sangue da mãe e busca diagnosticar a anemia. Devido à retenção de líquidos da gestação, o sangue se dilui de forma mais fácil, causando a doença.
“Um terço das mulheres tem anemia. Então precisamos ver tanto o nível de hemoglobina quanto o estoque de ferro dessas gestantes para suplementar, se necessário”, declara Daniela.
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6. Glicemia
O exame avalia os níveis de açúcar no sangue para o diagnóstico da diabete gestacional. A coleta deve ser feita em jejum, durante o primeiro trimestre de gravidez e entre a 24ª e a 28ª semana de gestação. Segundo a obstetra, se o diagnóstico for confirmado, outros exames podem ser solicitados.
“No caso de pacientes com diabetes gestacional ou demais comorbidades, podemos associar também um exame que se chama perfil biofísico fetal, um tipo específico de ultrassonografia para detectar precisamente como está o funcionamento e a suficiência da placenta”, finaliza Daniela.
7. Exame GBS
O exame investiga a infecção por Streptococcus agalactiae, bactéria recorrente na região genital de adultos e que pode representar risco à saúde de mulheres grávidas e bebês.
O agente pode provocar parto prematuro e infecção do líquido amniótico e do útero após o parto. Já os recém-nascidos que forem infectados podem sofrer infecção generalizada no sangue, meningite e infecção pulmonar.