Coordenador médico do Fleury Fertilidade e PhD em Reprodução Humana. Especializado em infertilidade masculina e conjugal...
iJornalista com sete anos de experiência em redação na área de beleza, saúde e bem-estar. Expert em skincare e vivências da maternidade.
iO tamanho médio do pênis é um tema que sempre desperta curiosidade. Recentemente, foi divulgado um ranking mundial no site World Data que avalia os comprimentos médios dos órgãos masculinos em diversos países ao redor do mundo e o Brasil está na 23ª posição dessa lista. O primeiro lugar foi ocupado pelo Equador, onde os homens têm o tamanho do pênis médio de 17,6 cm.
A medida levou em consideração o comprimento entre a base da haste até a ponta da cabeça do pênis ereto. Ao analisar vários países, os resultados revelaram uma diversidade nos tamanhos médios dos pênis, com variações significativas entre as diferentes regiões do mundo. Mas quais são os fatores capazes de influenciar no tamanho do pênis?
O MinhaVida entrevistou o urologista Daniel Suslik Zylbersztejn, médico coordenador do Fleury Fertilidade, que explicou que o tamanho do pênis vai muito além de uma questão genética. Acompanhe!
Tamanho e espessura do pênis é apenas uma questão genética?
O especialista diz que existe, sim, uma questão genética que determina o tamanho do pênis, mas, sem dúvida alguma, esse não é o único fator envolvido nesta questão. “Vários estudos sugerem que exista um componente genético relacionado ao tamanho final do pênis, em especial os estudos de observação de correlações de tamanho peniano entre pais e filhos. Entretanto, sabe-se também que inúmeros fatores gerais de saúde e de estilo de vida podem afetar o tamanho”, revelou Daniel.
O Brasil ficou em 23º lugar do ranking mundial, mas o urologista ressalta que as variações no tamanho do pênis são normais e não devem ser motivos de preocupação - exceto se vierem acompanhadas de outros sintomas associados, como baixa libido e ausência de pelos no corpo, por exemplo. Veja o ranking completo com o tamanho do pênis dos demais países:
- Equador (17,61 cm)
- Camarões (16,67 cm)
- Bolívia (16,51 cm)
- Sudão (16,47 cm)
- Haiti (16 cm)
- Senegal (15,89 cm)
- Gâmbia (15,88 cm)
- Cuba (15,87 cm)
- Países Baixos (15,87 cm)
- Zâmbia (15,78 cm)
- França (15,74 cm)
- Angola (15,73 cm)
- Canadá (15,71 cm)
- Egito (15,69 cm)
- Zimbábue (15,68 cm)
- Georgia (15,61 cm)
- Paraguai (15,53 cm)
- Chade (15,39 cm)
- Itália (15,35 cm)
- República Centro-Africana (15,33 cm)
- Colômbia (15,26 cm)
- Costa do Marfim (15,22 cm)
- Brasil (15,22 cm)
- Suécia (15,08 cm)
- Bulgária (15,02 cm)
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A puberdade pode afetar o crescimento do pênis
Problemas de saúde durante a puberdade masculina podem afetar o tamanho do pênis. O Urologista explica que essa fase da vida é um período crítico do desenvolvimento físico, incluindo o crescimento genital.
“Problemas de saúde que perturbam o equilíbrio hormonal normal ou interferem nos processos de crescimento durante a puberdade podem afetar potencialmente o desenvolvimento do pênis. Por exemplo, condições como hipogonadismo (baixos níveis de testosterona), distúrbios endócrinos (obesidade), doenças crônicas ou deficiências nutricionais podem afetar a evolução do órgão”, atentou o médico.
Em alguns casos, se um problema de saúde afetar os níveis hormonais ou outros processos fisiológicos, poderá resultar num tamanho do pênis inferior à média.
Fatores que influenciam o tamanho do pênis
Além da genética, existem várias condições de saúde que podem afetar o tamanho do pênis, desde o período embrionário na gestação até o final da puberdade. Como, por exemplo:
- Uso de substâncias químicas durante a gestação
Muitas dessas substâncias químicas, presentes em produtos como cremes corporais, medicamentos, água e ar contaminados por poluentes, atuam como disruptores endócrinos, interferindo no equilíbrio hormonal do organismo.
“No caso específico dos fetos masculinos, esses disruptores podem ter uma ação similar ao estrogênio, o hormônio feminino, o que pode interferir na formação adequada do pênis e dos testículos. Além disso, há evidências de que essa exposição pode estar associada a problemas de fertilidade na vida adulta”, alertou o urologista.
- Hipogonadismo
O hipogonadismo é uma condição caracterizada pela diminuição dos níveis de testosterona, o principal hormônio sexual masculino. “A testosterona é essencial para o desenvolvimento sexual normal, incluindo o crescimento do pênis e de todos os caracteres secundários do homem, como o aparecimento de pelos no corpo, ganho de massa muscular e engrossamento da voz”, explicou o médico.
Essa condição pode ter diversas origens, sendo que uma delas é uma disfunção primária do testículo, ou seja, um problema diretamente relacionado ao órgão responsável pela produção de espermatozóides e hormônios. Além disso, o hipogonadismo também pode ser resultado de problemas na secreção dos hormônios necessários para o desenvolvimento testicular e para a produção adequada de testosterona pelo organismo.
- Síndrome de Klinefelter
Essa é a doença genética cromossômica mais comum em homens, apresentando um cromossomo X a mais. “Pessoas com esta síndrome apresentam frequentemente baixos níveis de testosterona e volumes testiculares muito pequenos, causando também infertilidade em 100% dos casos, além de afetar o tamanho do pênis”, ressaltou Daniel.
- Distúrbios que afetam o sistema endócrino
Distúrbios como a hiperplasia adrenal congênita ou problemas da tireoide, podem perturbar os níveis hormonais e afetar o desenvolvimento do pênis. “A Síndrome de Kallmann, caracterizada pela ausência de olfato e pela ausência de produção dos hormônios estimuladores da produção de testosterona e de espermatozoides, pode ser uma causa de redução do tamanho peniano”, disse o especialista.
- Condições crônicas
A obesidade, desnutrição, doenças inflamatórias ou doença renal crônica podem afetar o desenvolvimento geral durante a puberdade, incluindo o crescimento do pênis. O urologista conta que a obesidade muitas vezes está associada a uma falsa sensação de redução do tamanho pênis devido ao aumento da gordura supra púbica, deixando-o “embutido” no coxim gorduroso. Nestes casos, a perda de peso e até mesmo uma lipoaspiração pubiana podem resolver o problema.
- Doenças genéticas
O micropênis, condição observada na infância, acomete aproximadamente 1 a cada 200 meninos, sendo morfologicamente normal, mas com comprimento 2,5 vezes abaixo do padrão de normalidade. Este é um problema de difícil resolução e está associado a síndromes genéticas importantes e raras, como a doença de Peyronie
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