Graduado pela Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre (1987) e doutor em pneumologia pela UFRGS (1999).Pro...
iJornalista com sete anos de experiência em redação na área de beleza, saúde e bem-estar. Expert em skincare e vivências da maternidade.
iA influenciadora digital Bárbara Evans tem enfrentado uma rotina desafiadora no hospital essa semana. Isso porque, desde a noite de domingo, 02 de junho, um dos seus filhos gêmeos, Antônio, está internado para tratar um quadro de bronquiolite.
Apesar do susto, a modelo compartilhou em um vídeo nas suas redes sociais que, mesmo ainda com sintomas, o bebê já apresenta melhoras e conta como foram esses últimos dias na UTI: "Antônio teve que fazer duas aspirações de madrugada com fisio. Ele vai lá, faz massagem e aspira a secreção. Agora pela manhã, a doutora Maria Carmen veio vê-lo e ele estava chiando bastante", desabafou Bárbara.
Mas o que é a bronquiolite e por que, em muitos casos, a criança precisa receber o tratamento no hospital? O MinhaVida esclareceu essa dúvida e revelou alguns sinais de alerta da doença que precisam ser analisados por um médico.
Entenda o que é bronquiolite e como se pega
A bronquiolite é uma infecção respiratória muito comum em bebês e crianças com menos de dois anos de idade. Ela é causada por vírus, principalmente o Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Outros tipos, como o adenovírus e o rinovírus, também podem causar essa complicação.
Mas como a bronquiolite se instala no organismo? O vírus ataca os bronquíolos, que são as menores vias aéreas dentro dos pulmões. Isso provoca uma inflamação e inchaço nessas áreas, dificultando a passagem do ar e causando sintomas como tosse, chiado no peito, dificuldade para respirar, febre e, em casos mais graves, cansaço extremo.
De acordo com o pneumologista Adalberto Rubin, a bronquiolite é contagiosa e sua transmissão acontece através do contato com secreções respiratórias e gotículas de saliva que se espalham ao falar, beijar, tossir ou espirrar:
“Por isso, pode facilmente se espalhar em ambientes como creches e hospitais. Também é possível contrair a doença por meio de objetos compartilhados, como utensílios de cozinha, toalhas ou brinquedos”, disse o especialista em entrevista anterior ao MinhaVida.
Dependendo do quadro,a doença também pode levar momentos de piora. Bárbara Evans disse que seu filho está passando por essa fase da bronquiolite: “Hoje é o quinto dia da bronquiolite e o quinto é o pior dia. Depois começa a melhorar, graças a Deus. Então, hoje é o dia em que nós precisamos ficar mais atentos em cima dele e também das crianças que estão em casa", contou a modelo em um vídeo.
Leia também: É possível ocorrer bronquiolite em adultos? Entenda!
Por que a criança com bronquiolite precisa ficar internada no hospital?
Adalberto explicou que o principal fator de risco para a bronquiolite é a idade. A doença afeta apenas crianças de até dois anos, mas quanto mais nova a criança, maior o risco de contrair a doença. Isso ocorre porque o sistema respiratório e o sistema imunológico dos bebês ainda não estão totalmente desenvolvidos.
“Por isso, bebês prematuros e crianças menores de um ano têm os maiores riscos de contrair bronquiolite e de desenvolver um quadro grave da doença, podendo até precisar de hospitalização”, explicou o pneumologista.
Sintomas da bronquiolite que devemos ficar alertas
No início, a bronquiolite costuma ser muito parecida com um resfriado, mas, com a evolução da doença, os sintomas podem se tornar cada vez mais complicados. Por isso, é importante ficar atento aos primeiros sinais da bronquiolite para tratar essa infecção logo no início:
Tosse persistente: a tosse é um dos primeiros sinais que vai se intensificando com o tempo.
Respiração rápida e curta: se você notar que o bebê está respirando de forma muito rápida e com dificuldade, é hora de ir para o hospital.
Chiado no peito: o famoso “chiado” é um som sibilante que ocorre durante a respiração. Isso acontece devido ao estreitamento das vias aéreas.
Dificuldade para mamar ou se alimentar: se o bebê está com dificuldade para se alimentar ou mamar, isso pode ser um sinal de que a respiração está comprometida.
Fadiga e irritabilidade: a dificuldade para respirar pode deixar o bebê mais cansado e irritado do que o normal.
Febre: embora nem sempre esteja presente, a febre pode acompanhar a bronquiolite, especialmente nos primeiros dias. Por isso, fique atento!
Cianose: em casos mais graves, pode ocorrer cianose, que é uma coloração azulada nos lábios e pontas dos dedos, indicando falta de oxigenação.
Leia mais: Bronquiolite obliterante: o que é, sintomas e se tem cura