O Prof. Luciano Imoto é o instrutor-chefe e técnico de defesa pessoal e aptidão física para homens e mulheres na Academi...
iUm bom programa de treinamento desperta a inteligência corporal através de exercícios e técnicas que se ajustam aos movimentos instintivos do corpo. E, no caso das artes marciais, até os reflexos automáticos passam por um "upgrade".
Muitos atletas atingem uma barreira de exaustão durante suas práticas. Uma vez transposto seu limite físico, eles adquirem novo vigor. Nessas atividades onde o foco e a concentração decidem resultados, o subconsciente assume o comando, favorecendo o desempenho. Essa integração corpo-mente na prática dos esportes indica um estado de liberdade entre ação e pensamento denominado "Fluxo".
Porém, observe os movimentos espontâneos de um bebê: ele se articula por inteiro e pode chorar por horas sem se fadigar. Essa descontração, quando aplicada aos movimentos das artes marciais, reativa o sistema natural de proteção do organismo, programado ao longo de milhares de anos para sobreviver com economia de energia e máximo de eficiência.
Assim, experimente estimular primeiro a circulação sanguínea, na fase do aquecimento com exercícios funcionais. Em seguida, pratique os golpes da sua modalidade marcial evitando o esforço isolado. Use o poder do seu "core" e prefira aplicar as técnicas aproveitando o torque nas alavancas dos membros, sempre a partir do seu centro de gravidade e sem excesso de força. Ao final de cada sessão, alongue a coluna e as principais articulações e seu pronto: seu corpo estará tonificado, alerta e energizado!
Ao conquistar essa autonomia motora, tanto a capacidade marcial quanto intelectual do praticante, também se ampliam no processo, uma vez que o corpo erradicou o elemento que o mantinha tenso e limitava suas habilidades. É o estresse que bloqueia seu potencial e o torna vulnerável. Logo, o estresse será o primeiro oponente a ser vencido nas artes marciais.
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