Clínico geral e nutrólogo, diretor da clínica Dr. Roberto Navarro. Formado em Medicina pela Universidade Federal de Juiz...
iDiante do crescimento da obesidade no mundo, muitos pesquisadores vêm trabalhando cada vez mais para identificar os elementos que contribuem para o agravamento e o aumento desta situação, pois sua causa é multifatorial e vai desde a genética até hábitos e estilo de vida.
Esse aumento é alarmante. Existe um grande número de pacientes sob o risco de complicações metabólicas e cardiovasculares associadas que são verdadeiras bombas relógio e que não tem consciência dos riscos que o ganho de peso tem em sua saúde.
A eficácia, em longo prazo, da mudança de hábitos e estilo de vida tem se mostrado efetiva na prevenção dessas enfermidades, mas quando o ganho de peso já aconteceu existe a necessidade de intervenções mais intensas, seja por meio do uso coadjuvante de medicamentos ou até de uma abordagem mais agressiva, como a cirurgia bariátrica.
Esta última, embora seja comprovadamente um método efetivo, infelizmente está associada a complicações nutrológicas e metabólicas.
Novas drogas antiobesidade vêm sendo estudadas e analisadas e devem ser lançadas brevemente no mercado, após passarem pela aprovação das agências reguladoras, mas o que importa e o que devemos discutir não é apenas a eficácia e a segurança destas novas drogas, que na verdade servirão apenas como suporte durante o tratamento,pois elas sozinhas não conseguirão tratar o paciente, mas sim, o porque de estarmos contribuindo para o crescimento da obesidade.
É visível o aumento dos casos de pacientes submetidos a tratamentos e dietas, assim como também o aumento das cirurgias bariátricas, refletindo um esforço dos médicos em tentar reverter as complicações associadas à doença da obesidade, e tudo porque estamos comendo demais e de forma errada.
A base nutricional que nos mantém saudáveis e sem risco de ganho de peso não é a de restringir carboidratos ou qualquer dieta maluca que vemos por aí. O ideal é fazer a adequada proporção entre carboidratos, proteínas e gorduras, em uma elaboração adequada com o número de calorias e preferências de cada um, assim talvez consigamos driblar esse fantasma que nos assombra.
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