Formada em Psicologia há 23 anos pela Unifil, pós graduada em Obesidade e Transtornos Alimentares pela PUC-PR.Hipnoterap...
iA corrida contra o relógio vem sendo um sintoma da vida moderna, e o estresse aumenta, emplacando os altos índices de doenças da atualidade, principalmente em mulheres.
As mulheres são grandes vítimas, pois se multiplicam para darem conta de vários papéis cotidianos. A incidência do estresse no Brasil é de 32% na população adulta, e as mulheres são as mais atingidas. A multiplicidade de papéis, aliando as responsabilidades profissionais com as responsabilidades de cuidar da casa e dos filhos é um dos principais motivos que fazem as mulheres liderarem as estatísticas do estresse, segundo Marilda Lipp.
Se acompanharmos a rotina delas, identificaremos os fatores estressantes a que estão vulneráveis. Saem pela manhã após darem o café para os filhos, levam para a escola, já correndo contra o tempo para chegarem ao serviço. Quando chegam ao ambiente de trabalho se deparam com a necessidade constante de estarem atualizadas, cursos, treinamentos, notícias do dia, metas a serem cumpridas, além de outras situações das quais precisam resolver que não são do trabalho, e sim da vida pessoal. Muitas dessas situações estão carregadas de cobranças internas, pois somos criadas para dar conta de várias tarefas. Dividir-se entre casa, família, trabalho e lazer, exige muito mais do que hoje podemos assumir, dando espaço para o estresse se instalar.
Essa realidade que exige uma elasticidade absurda, ainda cobra que elas se mantenham bonitas, corpos malhados - além de serem mulheres, com desejos e necessidades de viver dentro do social. São tantas as tarefas assumidas que aos poucos vão utilizando toda energia de reserva, desencadeando estresse, entre outras doenças.
Foram entrevistadas 29 mil pessoas em 12 Estados brasileiros em que se aferiu a quantidade majoritária de mulheres estressadas, pela seguradora Sul América. Entre as 17 mil pessoas do sexo feminino que responderam à pesquisa, 51% apresentaram nível elevado de estresse. Entre os 12 mil homens entrevistados, a taxa de respostas afirmativas para a queixa foi de 28%, 34 pontos porcentuais a menos do que elas.
Na tentativa de abraçarem o mundo, esse índice aumenta de forma insidiosa, levando as mesmas a um estrago físico e emocional. Muitas vezes a família acaba sendo vítima, pois recebe a carga pelo cansaço provocado pelo estresse.
Precisamos computar também que muitas assumem sozinhas as despesas da casa, e assumem os filhos de forma praticamente integral. No caso da separação, a mulher na grande maioria das vezes acaba ficando com os filhos, e durante a semana, as tarefas inerentes ao papel materno e paterno acabam sendo assumidas somente pelas mães.
Um aspecto importante a ser considerado, é estabelecer prioridades, cientes de que não dá para agirem como mulher maravilha, pois mesmo que quisessem, estarão excedendo seus limites. Procurar por momentos em que possam cuidar de si mesmas, sem assumir outras responsabilidades, é uma ótima saída para evitar o estresse. Ir ao cabeleireiro, fazer uma massagem relaxante, um cinema, ou mesmo ficar em casa deitada na rede lendo um livro. Opções não faltam, é necessário somente dar espaço para se olharem, pois a casa e os filhos podem esperar um pouquinho.
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