Uma pessoa com transtorno bipolar II tem possibilidade de se recuperar sozinha?
Evelyn Vinocur é doutora em Pediatria, graduada em 1978 pela Universidade Federal Fluminense (UFF), especialista em Pedi...
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Não, não, a recuperação de uma pessoa com Transtorno Bipolar II precisará do suporte, orientação e assistência por parte: médica (psiquiatras experientes no assunto), psicológica (TCC), familiares, amigos, tanto na fase do diagnóstico e tratamento, como na fase de manutenção do transtorno. Ao do texto, entenderemos os motivos: O paciente que tem o transtorno bipolar tipo II é portador de um transtorno crônico e grave e que, portanto, tem demanda para um tratamento rigoroso, regular e contínuo, com profissionais experientes no assunto. O tratamento do transtorno bipolar é multifatorial. Além de medicamentos, recomenda-se que o paciente seja submetido à terapia cognitiva comportamental (TCC). A orientação aos familiares e a participação dos mesmos em grupos de apoio de cunho psicoeducativo, também é parte essencial do tratamento. O transtorno bipolar tipo II caracteriza-se pela ocorrência de pelo menos um episódio de hipomania intercalado a um episódio depressivo maior. Ou pela presença de episódios depressivos recorrentes, intercalados por períodos de hipomania de 3 a 4 dias. Depois da primeira hipomania, geralmente alternam-se depressões de intensidades variáveis. O transtorno bipolar II é mais comum em mulheres e ocorre em cerca de 5 % da população. Na depressão a pessoa fica com o humor para baixo, sente-se triste, apática, angustiada, ansiosa. Cai o nível de energia, aparece desânimo, dificuldade em sentir prazer na vida como antes, inclusive sexual. Ocorre uma lentificação psíquica e física, paradoxalmente associada a desassossego quando a ansiedade for intensa. Fica difícil se concentrar, a memória falha, o raciocínio não flui mais. A mente é invadida por um onda de pessimismo, de idéias e preocupações negativas. Surgem sentimentos de culpa, insegurança, medo, inutilidade, solidão, burrice, inadequação, fracasso, baixa autoestima, falta de sentido. Tudo é avaliado dentro de uma visão negativa distorcida: passado, presente e futuro. Podem aparecer pensamentos de morte e alucinações. Ocorrem alterações de apetite e/ou peso. O tempo de sono pode aumentar ou diminuir, mas o sono deixa de ser reparador. Freqüentemente há queixas de dores e mal-estar físico, resultando em várias visitas médicas sem sucesso, antes de se diagnosticar depressão. Em alguns casos, a hipomania pode permitir que o indivíduo se destaque melhor em suas áreas de especialização e pode ser apreciado em pessoas que são melhores empreendedores no ambiente de trabalho e em festas. Os sintomas em hipomania são na sua maioria positivos e podem ser executados por cerca de quatro dias, antes de ele desaparecer. A sua manifestação é óbvia e pode ser observada claramente por outras pessoas, mas a "balança bipolar” não causa rompimento em configurações funcionais normais. Também não causa hospitalização. Na hipomania o grau de aceleração psíquica é menor que na mania. È comum aparecer antes ou depois de uma depressão e durar alguns dias. Os sintomas são os mesmos da mania, mas de menor gravidade e a pessoa não tem sintomas psicóticos. O humor geralmente é irritável e a pessoa se torna provocativa (achando sempre que os outros a provocam). O aumento de energia pode ser produtivo, mas a pessoa se dispersa mais e perde mais tempo em detalhes. Pode ter menos necessidade de dormir, tornar-se exageradamente otimista, segura de si, arrogante, enfim, sentir-se acima dos outros. Aumentam as idéias, os planos, os gastos, a libido. Pode haver labilidade humor, irritabilidade, fuga de idéias, abuso de substâncias, impulsividade sexual. Podem ocorrer separações, término de relacionamentos, projetos inacabados, humilhação pública e muito mais. Por isso, este tipo de transtorno bipolar é difícil de tratar, ou seja, por causa dos benefícios temporários da hipomania levando a realizações e conquistas, próprias dessa fase, cujos sintomas podem passar despercebidos aos olhos leigos, e depois, seguido de todo um quadro depressivo. Na hipomania, a pessoa justifica toda a alteração do comportamento atribuindo-a a circunstâncias da vida, mas por ser menos séria, frequentemente não é diagnosticada. O problema é que o Transtorno Bipolar é fásico. Portanto, é esperado que após cessar a fase de hipomania, venha um episódio depressivo e normalmente devastador para a pessoa. Pode ocorrer que na fase depressiva, a maioria das pessoas não acha que está doente porque não está gravemente deprimida, incapacitada, desesperada ou angustiada. Pode ser confundido com Transtorno de Personalidade Borderline. Espero ter ajudadoOutras dúvidas, é só perguntarUm Abraço
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