Qual especialidade médica pode diagnosticar uma criança com TDAH?
Evelyn Vinocur é doutora em Pediatria, graduada em 1978 pela Universidade Federal Fluminense (UFF), especialista em Pedi...
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O tratamento de primeira linha do TDAH é medicamentoso (com psicoestimulantes, considerados padrão-ouro), tem alto poder de eficácia e é aprovado pelo FDA e ANVISA. É realizado pelo médico, que pode ser psiquiatra, neuropsiquiatra, neuropediatra, neurologista, pediatra ou qualquer outro profissional de saúde mental, desde que seja especialista em TDAH.
Usualmente o diagnóstico deve ser feito pelo psiquiatra infanto juvenil no caso de crianças e adolescentes e pelo psiquiatra se o paciente for adulto. Um dos motivos deve-se ao TDAH ser um transtorno de natureza complexa e que prima pela presença de comorbidades. Em cerca de 70% dos casos o transtorno evolui com múltiplos sintomas emocionais e várias comorbidades, na imensa maioria de cunho psiquiátrico, e que precisam ser diagnosticadas e tratadas precocemente, já que as comorbidades são marcadores confundidores e de mau prognóstico no TDAH e quanto maior o número de comorbidade, pior a sua evolução, tratamento e prognóstico. Estudos de literatura mostram que cerca de 60% das crianças e adolescentes em idade escolar encaminhadas para tratamento, cursam com distúrbios psiquiátricos comórbidos, assim como os adultos.
O TDAH caracteriza-se pela presença de três eixos nucleares de sintomas – desatenção, hiperatividade e impulsividade – que podem se manifestar em diferentes intensidades, combinando-se nos mais variados graus de intensidade, o que acarreta a presença de subtipos distintos e uma alta multiplicidade fenotípica (modos distintos de manifestação do TDAH na vida). O TDAH é um transtorno dimensional, com sintomas que variam dentro de um espectro ou de “um continuum”, com graus de severidade dos sintomas que podem ir de muito leves a muito severos. Tudo isso faz do TDAH um transtorno complexo, amplo, heterogêneo e de difícil diagnóstico. Para construir-se um diagnóstico correto do TDAH, é fundamental que um protocolo extenso seja realizado dentro de uma sequência preestabelecida.
O tratamento precoce da pessoa com TDAH é o “ponto-chave” para uma vida mais saudável, produtiva e com mais qualidade. Mas para isso, é imprescindível que o transtorno seja identificado o quanto antes. Por vezes, sintomas cursando em grau leve estão presentes, fazendo com que a pessoa pareça “normal”, embora tenha o transtorno. Nestes casos, a expertise do profissional é fundamental, caso contrário ele pode não ser diagnosticado e com isso, não receber o tratamento devido.
É comum, que em um contato rápido com a pessoa não observemos a presença do TDAH. Só quando conversamos mais longamente sobre sua vida pessoal, interpessoal, familiar, acadêmica, profissional e sobre outras doenças que ele apresenta, é que temos mais chances de identificar os sintomas do TDAH. Por isso a triagem para TDAH dever fazer parte da avaliação médica de todo paciente.
O diagnóstico é clínico e dimensional e requer avaliação do comportamento em ambientes múltiplos. Não existe nenhum teste de laboratório para TDAH. Exames de neuroimagem e Eletroencefalograma não servem para o diagnóstico. As partes mais importantes do processo de avaliação diagnóstica são as entrevistas clínicas com o paciente, familiares e professores, no caso de crianças. Ao examinarmos uma pessoa com TDAH geralmente identificamos o transtorno em outro(s) membro(s) da família.
Espero ter respondido a sua dúvida.
Sou Formada pela Universidade São Marcos, pós-graduada em Psicoterapia Comportamental e Cognitiva Infantil e do Adolesce...
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Tanto um pscólogo, psiquiatra e neurologista podem fazer o diagnóstico de TDAH. Para um diagnóstico mais preciso, é fundamental uma avaliação neuropsicológica do TDAH, repercutindo em melhores resultados de atuação do profissional na condução e direção do tratamento. Esta avaliação neuropsicológica consiste no método de investigar as funções cognitivas e o comportamento. Sendo abrangente sobre o funcionamento da criança; e para isso existe uma gama de técnicas e instrumentos, que podem ser utilizados a fim de enriquecer o processo avaliativo e diagnóstico como: entrevistas clínicas, escalas, testes psicológicos e neuropsicológicos, juntamente com o intercâmbio multidisciplinar.
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