Desde os 35 anos tenho esquizofrenia hoje tenho 42 , quando passa essa fase ? Respostas dos nossos especialistas

Em primeiro lugar, é importante deixar claro que, infelizmente, às vezes, ainda existem erros no diagnóstico da esquizofrenia: nem todas as pessoas que tem um histórico de alucinações, delírios ou quadros psicóticos de modo geral são esquizofrênicas: existem vários outros transtornos que podem ter estes sintomas, tais como depressão psicótica, transtorno bipolar, transtorno delirante, transtornos esquizo-afetivo e mesmo algumas doenças cerebrais.Caso o problema seja esquizofrenia, ela costuma ocorrer em fases, denominadas de surtos, nos quais a pessoa piora e apresenta mais sintomas. Procura-se controlar estas fases através de medicações denominadas de antipsicóticos, tais como, por exemplo, a risperidona, a olanzapina, a clozapina, a paliperidona, a quetiapina, o aripiprazol e a ziprasidona. Hoje em dia, o uso de remédios como o haloperidol, a clorpromazina, a tioridazina, a periciazina, a levomepromazina são evitados, por causa dos efeitos colaterais (se você quer saber qual remédio toma, deve olhar a palavra embaixo da marca, pois existem várias marcas destas medicações mas, embaixo delas, na caixa, sempre consta o nome químico, que é o que interessa).A esquizofrenia pode ser bem controlada através destas medicações e, além disso, é possível ajudar a pessoa através da programação de atividades e psicoterapia para melhorar sua socialização e sua capacidade de lidar com os relacionamentos com outras pessoas, algo que é frequentemente difícil para o esquizofrênico.Entretanto, a esquizofrenia, assim como outras doenças (depressão, transtorno bipolar e mesmo hipertensão - "pressão alta" - ou diabetes) não tem cura e a pessoa precisará tomar remédios pela vida inteira. O psiquiatra deve tomar cuidado para usar a menor quantidade possível de medicações e existem períodos de melhora prolongada nos quais, às vezes, é possível dar uma diminuída nas doses de remédios; mas, somente ele pode avaliar isto e é perigoso o/ paciente mexer nas doses por conta própria.Se a pessoa tomar as medicações, tiver um esquema de atividades (que, em alguns casos, envolve trabalhar normalmente) e fizer uma psicoterapia apropriada, pode ter uma qualidade de vida bastante boa.