Um jovem de 14 anos que teve a primeira crise de transtorno de ansiedade na escola e agora tem crises constantes pode estar ficando louco? Respostas dos nossos especialistas

Um jovem que apresenta crises de transtorno de ansiedade não esta ficando louco, muito pelo contrário. Ele só está apresentando reações potencializadas de ansiedade para situações chegando a se descontrolar.A ansiedade é a reação de nosso organismo a situações de medo, dúvida ou expectativa. É natural sentirmos ansiedade momentos antes de situações como: estudar e não estar seguro de seu conhecimento antes de uma prova, esperar o resultado do exame, momentos que antecedem uma apresentação de trabalhos, mudança de casa ou de escola, etc. Em situações normais, os sinais que o organismo nos dá nos prepara para enfrentarmos estes desafios. E mesmo quando não conseguimos resolver nossas dificuldade, eles nos ajuda na adaptação da situação.O transtorno da ansiedade generalizada, é um distúrbio caracterizado pela “preocupação excessiva ou expectativa apreensiva”, persistente e de difícil controle, que pode durar seis meses no mínimo e vem acompanhado por três ou mais dos seguintes sintomas: inquietação, fadiga, irritabilidade, dificuldade de concentração, tensão muscular e perturbação do sono. Nesses casos, o nível de ansiedade é muito desproporcional às situações que geram a ansiedade, causando muito sofrimento e interferindo na qualidade de vida da pessoa.Algumas pessoas também podem apresentar como sintomas do transtorno de ansiedade generalizada: palpitações, falta de ar, taquicardia, aumento da pressão arterial, sudorese excessiva, dor de cabeça, alteração nos hábitos intestinais, náuseas, aperto no peito, dores musculares.O tratamento do Transtorno de ansiedade generalizada inclui o uso de medicamentos antidepressivos ou ansiolíticos, sob orientação médica, e a terapia comportamental cognitiva.Se este jovem está tendo crises constantes e isso tem afetado sua qualidade de vida ou a relações com familiares ou com amigos, é importante buscar ajuda. Consultar um médico para averiguar se há a necessidade de medicamentos para ajudá-lo a controlar suas crises, e uma terapia psicológica para que ele possa compreender os fatores que o levam as crises e passe a administra-las de maneira mais adequada.