O emocional traz dores fisicas, Como isso acontece, Tenho sentido fortes dores no peito, perdi um avô a pouco tempo, fiz holter e nada? Respostas dos nossos especialistas

Dores "no coração" e pressão no peito são sintomas comuns de ansiedade e ou depressivos A dor torácica persistente costuma apavorar o paciente, muitos deles podendo percorrer vários médicos, verdadeiras e sofridas romarias, consultas a vários cardiologistas, fazendo uso de vários medicamentos e por vezes sendo até submetidos a cateterismos e outras intervenções invasivas na busca por doença arterial coronariana. Em muitos casos, nada melhora deixando o paciente mais apavorado ainda. É importante que o profissional oriente o paciente a buscar um psiquiatra, uma vez que sintomas de ansiedade geram sintomas cardiovasculares, dor e pressão no peito, sentimento de que vai infartar, falta de ar, taquicardia, palpitação, picos de pressão entre outros. Não podemos esquecer que em situações de perigo (estresse, medo e ansiedade bem como na depressão ou em situações de perda como morte de um ente querido e luto) o sistema nervoso logo aciona um sistema de alerta no cérebro, para proteger a pessoa do perigo (reais ou imaginários) deixando-o mais forte para o caso de um perigo real ou imaginário. Esse mecanismo é conhecido como reação de luta-e-fuga: imediatamente há liberação aumentada de adrenalina e outras substâncias na corrente sanguínea levando a ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal e outros mecanismos, motivos que podem desencadear sintomas cardíacos como os acima descritos e que compõem a "Síndroma Da Costa", uma síndrome de sinais e sintomas de ordem cardiopulmonar, podendo em alguns casos levar a situações dramáticas e pungentes, com presença de dor pseudoanginosa, desfalecimento, palidez, sudorese, cianose e formigamento nos membros com nítida vivência pelo paciente de que ele está morrendo. Este pode ser o caso de pessoas que apresentam o transtorno de pânico, uma das principais causas das frequentes idas desses individuos aos serviços de emergência inclusive nos casos que cursam com muitos sintomas severos pode haver pensamentos de suicídio ou mesmo o suicídio exitoso.De modo que os profissionais precisam estar alertas e agir com expertise a fim de orientar o paciente da forma adequada. Após descartadas as causas clínicas, o profissional precisará instruir adequadamente o paciente e a família quanto a necessidade de logo buscar tratamento com um psiquiatra de confiança da família. Um grupo de pacientes terá demanda do uso de psicofármacos (usualmente antidepressivos e ou benzodiazepínicos). Outros casos terão demanda para uso de medicação e psicoterapia, especialmente a terapia cognitivo comportamental. Orientar também sobre a importância da prática de esportes, exercícios físicos e atividades prazeirosas como por exemplo dançar, fazer teatro ou fazer parte de um grupo de voluntariado. Ainda, o paciente e a sua família precisam ser orientados quanto aos benefícios gerados pela promoção de uma dinâmica familliar estruturada e presente. Famílias saudáveis promovem mais mais qualidade de vida e sensação de bem estar e felicidade.