O autismo é mais incidente em filhos de casais que são parentes?
Evelyn Vinocur é doutora em Pediatria, graduada em 1978 pela Universidade Federal Fluminense (UFF), especialista em Pedi...
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Até o momento, não há estudos suficientes para responder especificamente à sua pergunta. Entretanto, a literatura científica mundial sobre Autismo tem trazido outros resultados bem interessantes, como:-Irmãos de autistas têm mais chance de ser diagnosticados com o transtorno. O jornal científico JAMA Pediatrics revelou que irmãos mais novos de crianças já diagnosticadas com transtornos do espectro têm cerca de sete (a 10) vezes mais riscos de desenvolver autismo. Ou seja, é estimado que quem já tem um filho autista tem chance de 8% a 10% de ter outro filho autista”, diz o estudo. A porcentagem é bem mais alta do que a estimativa para a população em geral: 1% de pessoas apresentará transtornos do espectro autista.-O último relatório do CDC americano (Central for Disease Control) traz uma taxa de 1/110 para o espectro autista, sendo 1/70 quando avaliados apenas o sexo masculino. O CDC é o órgão americano próximo ao Ministério da Saúde no Brasil. Os dados foram divulgados em março de 2014.-Considerando-se as taxas de 60/10.000 ou a mais recente taxa de 1% podemos estimar, baseado no censo brasileiro de 2000 (IBGE, 2000), que entre um a dois milhões de brasileiros preencham critério do espectro autista, sendo de 400 a 600 mil com menos de 20 anos, e entre 120 e 200 mil menores de cinco anos.-Outros resultados científicos falam do conceito de um fenótipo mais amplo de autismo (BAP), e que por vezes geram controvérsias. A polêmica ocorre pelo seu apoio a uma possível causa genética do autismo. Algumas questões ficam sem resposta, como o quê exatamente é um fenótipo mais amplo de autismo e como ele suporta o argumento para uma ligação genética ao autismo? Vale dizer que o termo fenótipo refere-se ao conjunto de características das pessoas, como eles agem, reagem, seus gostos, como eles se comunicam etc. O termo fenótipo mais amplo do autismo é o conjunto de características das pessoas que mostram tendências do tipo autista (como por exemplo, problemas com as habilidades de comunicação, de linguagem e social) mas que não se encaixam nos critérios diagnósticos do DSM-V para Autismo. Ou seja, as pessoas que se encaixam na descrição BAP (broad autistic phenotype ou fenótipo mais amplo do autismo) não seriam diagnosticadas com autismo, mas podem ter parentes autistas diagnosticados, inclusive na família imediata. A teoria é que as pessoas dentro da faixa de BAP seriam mais propensas a terem filhos ou irmãos com autismo. Ou seja, familiares de pessoas com autismo de perfil BAP mostrariam versões mais leves do autismo, como comportamento socialmente desajeitado, problemas de fazer amigos, de entender os sinais sociais, preferencia por rotinas ordenadas, comportamentos obsessivos e outros. Relembrando que a teoria BAP sustenta o argumento de uma possível causa genética do autismo. Ainda assim, mais estudos são necessários sobre o complexo tema.-O American Journal of Psychiatry concluiu que existem maiores taxas de comprometimento social, de comunicação, linguagem e comportamentos obsessivos em parentes de famílias com múltiplos casos de autismo. -A Universidade de Iowa cita um estudo que constatou que o risco de recorrência do autismo entre irmãos é de até 200 vezes o risco do que na população geral.-O famoso jornal NY Times cita estudos mostrando que irmãos com autismo têm mais diferenças que similaridades. Os resultados do interessante estudo evidenciam a grande diversidade existente no autismo, que pode ser presente mesmo nos indivíduos mais proximamente aparentados. Os resultados apontam ainda que os cientistas terão de analisar dezenas de milhares de outras pessoas para poderem ter em mãos dados mais consistentes sobre as bases biológicas do autismo.*Concluindo, mais pesquisas são necessárias para trazer uma resposta mais definitiva. Inúmeras pesquisas do autismo estão em curso e cada estudo é um passo mais perto para uma possível causa e cura do autismo.*Eu espero que o conteúdo acima tenha sido esclarecedor ainda que eu não tenha respondido a sua pergunta especificamente, pela carência de dados científicos na Literatura até o momento, para tal.Abraços
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