A pessoa que é portador do virus do hiv e descobre que estar com sindrome do panico pode vim a matar?
Sou formada pela Universidade Guarulhos, atuo em Psicologia Clínica para crianças, adolescentes, adultos e idosos. Utili...
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A síndrome do pânico é uma doença muito complexa e que prejudica as rotinas diárias da pessoa com este problema. O fato de você ser HIV positivo não tem relação direta com a doença organicamente falando, mas psicologicamente, é um fator que vai contribuir para que alguns sintomas sejam mais fortes e preocupantes. Sem sombra de dúvidas, a psicoterapia e a medicação em conjunto é altamente recomendada para seu caso.A Síndrome do Pânico é um tipo de transtorno de ansiedade no qual ocorrem crises inesperadas de desespero e medo intenso de que algo ruim aconteça, mesmo que não haja motivo algum para isso ou sinais de perigo iminente. Quem tem a síndrome sofre crises de medo agudo de modo recorrente e inesperado, as crises são seguidas de preocupação persistente com a possibilidade de ter novos ataques e com as consequências desses ataques, seja dificultando a rotina do dia a dia, seja por medo de perder o controle, enlouquecer ou ter um ataque no Coração.Ataques de pânico característicos da síndrome geralmente acontecem de repente e sem aviso prévio, em qualquer período do dia e também em qualquer situação, como enquanto a pessoa está dirigindo, fazendo compras no shopping, em meio a uma reunião de trabalho ou até mesmo dormindo. O pico dessas crises geralmente duram cerca de 10 a 20 minutos, mas podem variar dependendo da pessoa e da intensidade do ataque. Além disso, alguns sintomas podem continuar por uma hora ou mais. É bom ficar atento, pois muitas vezes um ataque de pânico pode ser confundido com um ataque cardíaco.As crises de pânico geralmente manifestam os seguintes sintomas:Sensação de perigo iminenteMedo de perder o controleMedo da morte ou de uma tragédia iminenteSentimentos de indiferençaSensação de estar fora da realidadeDormência e formigamento nas mãos, nos pés ou no rostoPalpitações, ritmo cardíaco acelerado e taquicardiaSudoreseTremoresDificuldade para respirar, falta de ar e sufocamentoHiperventilaçãoCalafriosOndas de calorNáuseaDores abdominaisDores no peito e desconfortoDor de cabeçaTonturaDesmaioSensação de estar com a garganta fechandoDificuldade para engolirUma complicação frequente é o medo do medo, ou seja, o medo ter outro ataque de pânico. Esse medo pode ser tão grande que a pessoa, muitas vezes, evitará ao máximo situações em que essas crises poderão ocorrer novamente.Os ataques de pânico podem alterar o comportamento em casa, na escola ou no trabalho. As pessoas portadoras da síndrome muitas vezes se preocupam com os efeitos de seus ataques de pânico e podem, até mesmo, despertar problemas mais graves, como alcoolismo, depressão e abuso de drogas.O principal objetivo do tratamento da síndrome do pânico é reduzir o número de crises, assim como sua intensidade e recuperação mais rápida. As duas principais formas de tratamento para esse transtorno é por meio de psicoterapia e medicamentos. Ambos têm se mostrado bastante eficientes. Dependendo da gravidade, preferência e do histórico do paciente, o médico poderá optar por um deles ou até mesmo por ambos, já que a combinação dos dois tipos de tratamento têm se mostrado ainda mais eficaz do que um ou outro operando isoladamente.A psicoterapia é geralmente a primeira opção para o tratamento de síndrome do pânico. Existem diversas formas de psicoterapia, sendo a mais estudada e que comprovadamente tem efeitos benéficos nesse transtorno a chamada de Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC). Ela poderá ajudar o paciente a entender os ataques de pânico, a como lidar com eles no momento em que acontecerem e como ter uma vida cotidiana normal sem medo de ter um novo ataque.Já o tratamento à base de medicamentos inclui antidepressivos, como os inibidores seletivos da recaptação da serotonina, como por exemplo a Paroxetina ou citalopran. Benzodiazepinas também podem ser prescritos pelos médicos. Os sintomas devem reduzir progressivamente em algumas semanas. Se não melhorarem, converse com seu médico. Não suspenda a medicação sem antes consultar seu médico.Quando não tratada, pode levar a complicações que podem comprometer seriamente a qualidade de vida social, profissional e de relacionamento. Entre as complicações que podem ser provocadas estão:Desenvolvimento de algumas fobias específicas, como agorafobia;Pessoas com síndrome do pânico têm mais probabilidade de ficar desempregadas, ser menos produtivas no trabalho e de ter relações pessoais difíceis, inclusive problemas matrimoniais;DepressãoSuicídioAlcoolismo e abuso de drogasProblemas financeiros.A dependência de medicamentos contra ansiedade é uma possível complicação do tratamento. A dependência envolve a necessidade de um medicamento para poder agir normalmente e para evitar sintomas de abstinência. Não é o mesmo que vício.Os ataques de pânico podem durar muitos anos e ser de difícil tratamento. Algumas pessoas com essa síndrome podem não se curar totalmente com o tratamento. Entretanto, a maioria das pessoas obtém grande melhora com uma combinação de medicamentos e psicoterapia.
Tenho a impressão que já respondi uma pergunta sua nos últimos dias. O virus HIV não mata se você tomar os remédios que o governo providencia de graça. Tem que tomar todos os dias, na mesma hora. Por enquanto. A pesquisa para achar remédio definitivo está caminhando e existem perspetivas promissoras. O HIV não mata, nem sem pânico nem com pânico. Ele mata só se você o deixar lhe matar.O pânico, no entanto, vale a pena arrumar. Além disso, o fato de você não ter se informado sobre o HIV, que parece, me faz adivinhar que você, de alguma forma, está gostanda da idéia de o virus te matar. Isto seria depressão. É comum o pânico se juntar com depressão. Principalmente, o pânico tampa a depressão. Mas no seu caso, pode ser insuficiente e o seu desgosto da vida continua se manifestando.O HIV pode ajudá-lhe em acreditar numa vida melhor. Ele pode assumir o papel do pânico de tampar a depressão. Pois para não morrer, você vai ter que assumir a sua vida. Tem que decidir. Se você não decidir, vai morrer mesmo. Conheço bastante casos de pessoas para quem a adquisição do virus ficou uma virada nas vidas delas, para o melhor. Lhes valeu a pena sobreviver. O enemigo estava mais claro.Contudo, recomendo, se você tem condições, procurar ajuda profissional de um@ psicoterapêuta humanista ou psicanalista, ou pelo menos participar em sessões de grupo numa das organizações de pessoas com HIV. Existem en todas as cidades maiores.Boa sorte!
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