Meu filho ao nascer obteve apgar 10 10, agora aos 26 anos, apresenta sintomas da síndrome se asperger. Onde encontar ajuda?
Evelyn Vinocur é doutora em Pediatria, graduada em 1978 pela Universidade Federal Fluminense (UFF), especialista em Pedi...
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Antes de responder a sua pergunta, farei alguns comentários:
Pelo índice de APGAR, vemos que seu filho nasceu bem, sem problemas ao nascimento.
Outra coisa importante é sabermos como foi o desenvolvimento neuropsicomotor dele ou seja, com que idade ele sentou, engatinhou, falou as primeiras sílabas e palavrinhas, andou, sorriu, etc.? Como é o seu afeto, as suas preferências, gestos, atitudes diante das pessoas, socialização em casa, na pracinha, na escola etc.
Na escola, como foi a escolarização? Como era o temperamento dele? E o comportamento, revelava alguma coisa fora do padrão de uma criança da idade dele?
Com que idade a família (ou escola) percebeu pela primeira vez que havia algo errado/esquisito com ele?
O pediatra ou os familiares, vizinhos, professores, inspetores, outras pessoas notavam algo estranho nele? O quê?
As pessoas faziam algum comentário, apelidavam-no? Sofreu bullying? Chegaram a avisar os pais sobre algum comportamento estranho nele?
Como foi a socialização dele em casa e fora dela? Como ele se relacionava com os colegas de modo geral? O olhar, a fala, o afeto, o comportamento, etc., tinha alguma coisa estranha nele? Ele brincava com o grupo dos colegas? Sabia dividir brinquedos, olhava no olho das pessoas, gostava de abraços, beijos, brincar de jogos? Ficava muito incomodado com mudanças na rotina? tinha algumas preferências? havia algumas duas ou três coisas que ele tinha uma certa fixação e que fazia com maestria? desenhava bem? gostava demais de bichos como dinossauros? ficava aficcionado com objetos giratórios como ventilador de teto? Sons, luzes, vozerios altos, o incomodavam?
Como foi o seu desenvolvimento global até os 26 anos?
É sabido também que aos 26 anos ele apresenta traços de autismo, mas quais? Ele foi diagnosticado como tendo Asperger? Caso sim, por quem? Com que idade? Através de quais sintomas? Fez alguns testes, escalas...?
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A síndrome de Asperger é uma forma branda de autismo e desde 2013 faz parte dos transtornos do espectro autista (TEA). Diferentemente do autismo clássico, o Asperger não apresenta comprometimento intelectual e nem retardo cognitivo. Por isso, os primeiros sinais e sintomas do distúrbio costumam ser ignorados pelos pais, que os atribuem a características da própria personalidade da criança.
Muitos possuem, inclusive, QI acima dos índices normais. O fato de terem habilidade verbal desenvolvida e um vocabulário amplo, diversificado e rebuscado pode reforçar nos pais a ideia de que o filho é superdotado. O foco exagerado sobre um assunto específico – como automóveis, aviões ou robôs, por exemplo – é outro sintoma característico da síndrome interpretado de forma inadequada pelos pais e familiares, que acabam incentivando a restrição de interesses dessas crianças, oferecendo apenas presentes relacionados ao tema.
O diagnóstico precisa ser muito bem feito. Ainda que a história clínica seja soberana, eu acho que uma Avaliação Neuropsicológica sempre deve ser solicitada, por conta de outras hipóteses diagnósticas, como dotação, toc, tdah, transtornos de personalidade etc.
Eu recebo muitas crianças, adolescentes e adultos com diagnóstico de asperger e que depois de uma avaliação meticulosa, o resultado é outro que não tem nada a ver com asperger. Em alguns casos, eu indico que a família procure ouvir outras opiniões, de outros especialistas, por exemplo de um psiquiatra especializado.
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Professor Doutor do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, onde obteve mestr...
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Muitas pessoas com Síndrome de Asperger levam vida normal, podem inclusive cursar faculdade e ter sucesso profissional. Apenas podem apresentar mais problemas de relacionamento pessoal do que quem não tem esse diagnóstico. Tudo depende do grau de Asperger e do estilo de vida que a pessoa leva.Entretanto, apenas um psiquiatra especializado pode avaliar o quadro e verificar a necessidade de algum tipo de tratamento. Sugiro que seja um psiquiatra que tenha vínculo com alguma faculdade de medicina.
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