O dr Fabio Krichedorf é pós - graduado e Fellow em Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo Facial e Implantes do Vasteras C...
iDurante a noite, ou mesmo num simples descanso após o almoço, muitas pessoas possuem alterações que provocam o ensurdecedor ronco. As várias áreas da saúde que estudam esse problema estão concluindo que isto pode ser a origem de muitos problemas que podem acarretar até uma parada cardio-respiratória. A "síndrome do ronco", que muitos autores e cientistas assim o definem, possui como origem o seguintes possíveis fatores: obesidade, palato mole longo, mocrognatismo, estresse de alto grau associado a sedentarismo e idade.
Mas, e a idade? Como explicar que pessoas de idade mais avançada tendem a roncar mais? Por que uma pessoa que após "uma bebidinha em excesso" ao deitar roncar demais? Pois bem, na coluna de hoje vou organizar estes conceitos e sugerir autoexame, pois tal patologia pode ser a causa de muito cansaço e até arritmias cardíacas, e porque não falar de problemas conjugais?
Diagnóstico
Em muitas cidades, existem formas de diagnosticar o ronco em apnéia (momento em que a pessoa durante o sono ronca em elevados níveis de som com pequenas pausas respiratórias) com o objetivo de identificar de tal situação já se encontra em níveis moderados e graves à saúde do paciente. Neste exame, a pessoa passa a noite com uma série de dispositivos conectados ao corpo: eletrodos para verificação dos batimentos cardíacos, máscaras para testar a quantidade de ar inspirado e expirado e câmeras para registrar eventuais sonambulismos ou inquietude durante o período. Como resultado, o diagnóstico deve ser dado por médico especializado na área, para então proceder ao tratamento.
Baseado na classificação acima, muitas delas dependem da anatomia de cada pessoa, à saber: o ar deve ser inspirado pelo nariz, passando pelas vias aéreas superiores para ser incorporado ao sangue arterial através das hemoglobinas que "alimentarão" as células, tecidos e órgãos que necessitam sistematicamente do oxigênio. Bem, isto é muito bem claro é obvio, porém como este sistema pode sofrer alteração e promover o cansaço, problemas cardiovasculares, irritabilidade?
Um dos principais fatores está na estrutura óssea bucal: maxila e mandíbula. A mandíbula sustenta parte da língua, que ao atingir o grau de relaxamento dos músculos da articulação têmporo-mandibular durante o sono, pode se retroposicionar (recuar) promovendo a abertura bucal e o ar penetrando agora não mais pelo nariz e sim pela boca, ressecando a orofaringe e levando oxigênio com impurezas aos brônquios. Para esta situação existem aparelhos específicos e personalizados feitos por odontólogos atuantes na área, mas deve ser muito bem analisado o caso para não promover outros problemas de alteração do posicionamento dentário e por conseguinte dores nas ATM?s (Articulação Têmporo-mandibular).
Ainda falando dos ossos da face, maxila e mandíbula. Quando a pessoa possui uma maxila atrésica (atrofia lateral, muito estreita) a respiração passa a ser quase que exclusivamente bucal, ficando todo o sistema aéreo superior deficiente, dores nos dentes na região anterior com sangramento gengival mais frequente que dificilmente se ocluem (encostam), dentes posteriores usados demasiadamente e com isso amplamente restaurados, faringites frequentes, asma e bronquite com episódios quase que contínuos e baixa resistência para esportes que exijam respiração acelerada. Tal característica pela alteração anatômica é denominada de Micrognatismo maxilar necessitando procedimento cirúrgico realizado por cirurgião-dentista especializado em cirurgia buco maxilar.
E, por último, obesidade, sedentarismo e idade avançada fazem com que os tecidos menos densos do palato mole e musculatura da língua tornam-se mais flácidos que, ao relaxar num nível de sono, limitam a passagem do ar emitindo o ruído conhecido por ronco.
Tal situação de deve ser muito bem investigada por especialistas que atuam na área de pneumologia, cirurgia buco-maxilar e disfunção da articulação têmpor-mandibular para evitar possíveis acidentes de falta de ar ou mesmo melhorar a qualidade de vida por uma boa noite de sono.
Saiba mais: Injeção para combater o distúrbio