Especialista em Aconselhamento Genético Oncogenética. Geneticista, residência médica em genética medica pelo instituto F...
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iO exame de vínculo genético, conhecido como exame de DNA, consiste em uma análise laboratorial genética para determinar quem são os pais de uma criança. É comum que o vínculo seja determinado a partir de amostras do sangue do bebê, do pai e da mãe. Todavia, será que é possível realizar esse teste ainda na gestação?
Sim! De acordo com a geneticista Maria Angélica, é possível realizar um exame de DNA durante a gestação para determinar quem é o pai da criança.
Há duas formas de realizar essa análise: através do método invasivo, que só pode ser feito com auxílio de ginecologista/obstetra, e do método não invasivo, em que é necessária apenas uma amostra de sangue da mãe.
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Método invasivo
O procedimento invasivo, chamado amniocentese, permite a coleta de células do bebê com o material genético. Este procedimento é realizado em muitas gestações para a investigação de doenças genéticas no bebê, uma vez que seu DNA estará disponível para a análise. A amniocentese pode ser realizada durante um período específico da gestação, em geral por volta de 15 semanas de gestação.
“É importante lembrar que por ser um procedimento invasivo, a amniocentese traz alguns riscos, dentre eles o de perda da gestação. Embora o risco seja pequeno quando o exame for realizado por um médico experiente, é importante que os interessados em realizar o exame de vínculo biológico saibam das complicações envolvidas, como o trabalho de parto prematuro e risco de infecção, e possam decidir sobre o melhor momento para realizar esta investigação”, explica a especialista.
Por se tratar de uma análise genética menos minuciosa (em comparação ao método não invasivo), o tempo de entrega dos resultados é menor. O custo do procedimento é mais acessível e varia entre R$ 800 e R$ 1.500 (dependendo do laboratório).
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Método não invasivo
O método não invasivo de determinação de vínculo genético durante a gravidez é feito por meio de uma coleta de sangue da gestante. Em seguida, especialistas em reprodução humana realizam uma análise sensível e avançada da amostra de sangue com o objetivo de obter uma pequena quantidade de DNA fetal.
Esse teste não representa nenhum tipo de risco para a gestante ou para a criança. Entretanto, por se tratar de uma tecnologia nova, seu custo é elevado. O valor pode variar de R$ 1.000 até R$ 5.000 de acordo com a clínica que oferta o serviço.
Para realizar este procedimento, é necessário buscar por uma unidade especializada em genética após a 11ª semana de gestação. A fim de obter um resultado preciso, é necessário certificar-se de que o suposto pai não tenha realizado transfusões sanguíneas nos últimos seis meses ou transplante de órgão.
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