![Livia D'Ambrosio - Analista editorial](https://static1.minhavida.com.br/authors/a2/b0/de/84/2l27aqmbzxe6q7cafslftoa0vdvbw3votfhiqamz-user_small-1.jpg)
Jornalista com sete anos de experiência em redação na área de beleza, saúde e bem-estar. Expert em skincare e vivências da maternidade.
i![cena do filme "Eu queria ter a sua vida"](https://static1.minhavida.com.br/articles/3b/e9/d2/6f/cena-do-filme-eu-queria-ter-a-sua-vida-article_m-1.jpg)
Quando consideramos que as crianças são um reflexo de seus pais e que seu desenvolvimento se baseia, em parte, no que observam neles, não é surpreendente que décadas de pesquisa tenham mostrado que a resiliência de uma criança depende da resiliência de quem cuida dela.
Mas o que você talvez não saiba é que, de acordo com estudos, quando os pais enfrentam problemas emocionais, seus filhos têm mais probabilidade de passar pelos mesmos desafios. Ou seja, se não cuidarmos do nosso bem-estar, o mesmo vai acontecer com os nossos filhos.
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Cuidar de nós para cuidar dos outros
Os cuidadores devem priorizar seu próprio bem-estar, mesmo que isso pareça uma contradição quando falamos sobre criação de filhos. Pense nas instruções que recebemos ao voar de avião: antes de colocar a máscara de oxigênio em outra pessoa, devemos colocá-la primeiro em nós mesmos. No entanto, na tentativa de oferecer o melhor aos nossos filhos, muitas vezes fazemos sacrifícios que podem comprometer nossa capacidade de sermos cuidadores fortes e resilientes para eles.
Quando estamos sobrecarregados, torna-se difícil ser um pai paciente, o que pode levar ao que é chamado de “separação proximal”. No livro The Emotionally Absent Mother, Jasmin Lee Cori explica que a separação proximal ocorre quando um dos pais está fisicamente presente na vida do filho, mas emocionalmente indisponível. As razões para isso variam desde estresse e depressão até outros problemas de saúde mental.
Ou seja, o pai pode estar presente e até participar das atividades com a criança, mas seu estado emocional o impede de se conectar de forma profunda e significativa com ela. Isso pode se manifestar como falta de atenção, dificuldade de comunicação, irritabilidade, distanciamento emocional ou até negligência emocional.
Como foi dito antes, quando os pais enfrentam problemas emocionais, seus filhos também ficam mais propensos a lidar com dificuldades emocionais. Por isso, é essencial que aprendamos a administrar esses momentos com inteligência emocional. Se percebermos que estamos muito estressados, podemos planejar atividades para aliviar essa tensão ou incluir práticas diárias que ajudem a reduzi-la, como meditação ou exercícios físicos.
Para evitar essa separação proximal e fortalecer nossa resiliência, podemos focar nos aspectos positivos da nossa vida. Também é útil fazer um balanço das nossas emoções para identificá-las corretamente e, assim, aprender a administrá-las. Além disso, reconhecer nossos pontos fortes de forma objetiva e pedir ajuda quando necessário são atitudes comuns entre pessoas resilientes.
Se você estiver passando por um momento difícil, busque apoio de um amigo ou familiar e comprometa-se a nunca lidar com suas preocupações sozinho. Compartilhar suas emoções com alguém pode aliviar o peso emocional e fortalecer sua saúde mental. Pesquisas mostram que passar uma hora por semana com um pai ou mãe que o apoia pode reduzir o estresse e tornar a criação dos filhos menos desgastante. Assim, você poderá ser um pai ou mãe mais forte, mais presente e mais resiliente para seu filho.
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