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Visão embaçada, coceira e olhos lacrimejando. A conjuntivite, doença típica dos dias secos, prejudica a vida social das pessoas e pode ser transmitida por pequenos descuidos. Caracterizada por uma inflamação na membrana que reveste a parede do globo ocular e das pálpebras, a doença precisa ser tratada corretamente. "Geralmente, a conjuntivite ataca os dois olhos e dura de uma semana a 15 dias", explica a oftalmologista Sandra Alice Falvo, médica que integra o corpo clínico do IMO.
Os principais problemas que envolvem a doença estão ligado a falta de informação e a auto-medicação que, na maioria dos casos, aumenta o problema, dificultando a cura e oferecendo risco de seqüelas. E não existe apenas um tipo de conjuntivite: há versões causadas por vírus, bactérias fungos ou protozoários. E o tratamento vai depender da causa da doença. A seguir, saiba um pouco mais e evite sofrer por tempo demais.
Olhos vermelhos não indicam conjuntivite
De acordo com a especialista, só os olhos vermelhos não bastam para diagnosticar a conjuntivite. "A doença vem acompanhada de pálpebras inchadas; sensação de areia ou de ciscos nos olhos; secreção e coceira", explica.
Quem está com conjuntivite não pode usar lentes de contato
Como a inflamação causa grande irritação nos olhos, as lentes de contato podem piorar ainda mais o quadro. Por esse motivo, a dica da especialista é deixá-las de lado no mínimo por 15 dias. "O mais sensato é suspender o uso e utilizar os óculos até que a inflamação seja curada. Além disso, usando as lentes com os olhos infectados, você pode contaminá-las", afirma.
A conjuntivite também pode ser, simplesmente, uma alergia
Ela é provocada por agentes externos que irritam os olhos. Na maioria dos casos, ela está diretamente associada ao sol e a exposição exagerada aos raios ultravioleta. "Para evitá-la, recomendamos o uso de boné e óculos com lentes com filtro, além da constante lubrificação dos olhos com lágrimas artificiais", diz Sandra Alice Falvo
A doença precisa de acompanhamento de um especialista
Diferente do que muita gente acredita, a conjuntivite precisa de um tratamento especifico, e a automedicação pode trazer perigos. Ao suspeitar de conjuntivite, o paciente não deve sair por aí, comprando colírios indicados por amigos. A indicação de qualquer remédio só pode ser feita por um oftalmologista. Alguns colírios são altamente contra-indicados porque podem agravar ainda mais a inflamação.
Cuidados com a higiene devem ser redobrados
Quem está com a doença precisa redobrar os cuidados com a higiene para não agravar o caso. "Lavar bem os olhos e fazer compressas com água gelada - que deve ser filtrada e fervida - ou com soro fisiológico, também ajudam a aliviar os incômodos", afirma a especialista.
O colírio indicado depende do tipo de conjuntivite
A preocupação com a auto-medicação não é a toa. O uso do medicamento depende do tipo de conjuntivite, como explica a oftalmologista. "Uma vez diagnosticada a causa da conjuntivite, o especialista prescreve o tratamento adequado. Se esta tiver origem bacteriana, utiliza-se a antibioticoterapia, se a causa for virótica, emprega-se o tratamento para alívio dos sintomas, bem como hábitos especiais de higiene, ajudando desta forma, a controlar o contágio e a evolução da doença", explica.
Os cuidados que previnem a infecção da doença:
- Lave com freqüência o rosto e as mãos, evitando levar os microorganismos aos olhos;
- Aumente a freqüência de troca de toalhas ou use toalhas de papel para enxugar o rosto e as mãos;
- Evite coçar os olhos;
- Evite a exposição a agentes irritantes (fumaça) e/ou alérgenos (pólen) que podem causar a conjuntivite.
- Não use maquiagem de outras pessoas (e nem empreste as suas);
- Use óculos de mergulho para nadar, ou óculos de proteção se você trabalha com produtos químicos;
- Evite nadar em piscinas sem cloro ou em lagos.