Imagine uma aula de ginástica com exercícios de alongamento e postura? Agora misture técnicas de artes marciais, de pilates e de Yoga, tudo isso em 60 minutos. Esse é o body balance, método que permite elevado gasto calórico e equilíbrio corporal. Criado na Nova Zelândia, a aula de body balance acontece em uma hora de aula, que é regida por 10 a 11 músicas, que apresentam uma função específica, de acordo com as necessidades do corpo para se acostumar com os exercícios físicos.
Logo na primeira música, os alunos entram em contato com alguns movimentos leves do Tai-Chi, bons para estimular o aquecimento corporal, a concentração e a postura muscular. Depois, com a música seguinte, os alunos começam a praticar os princípios de respiração da Yoga, além de posturas de flexibilidade e assim, ao longo de cada música, vai se adicionando uma carga mais pesada de exercícios, como por exemplo, abertura de quadril, contrações musculares, torções para a coluna vertebral e flexões. "Cada música determina um grupo muscular. Por isso, a vantagem dessa aula é que praticamente todos os músculos do corpo são trabalhados", explica Robinson Kennedy, livre educador da Body Systems, empresa que trouxe a modalidade para o Brasil.
De acordo com o educador da Body Systems, a estrutura da aula é sempre a mesma, no entanto os tipos de exercícios variam muito de uma aula para outra. "A criatividade de cada professor, o preparo físico dos alunos e a sequência de exercícios condizentes com a proposta das músicas são muito variáveis, o que deixa a aula dinâmica e autêntica".
Encontrando o equilíbrio físico e mental
A aula de body balance é bastante democrática. Nenhum movimento é muito complexo e, por isso, não há contra-indicações. "Qualquer pessoa pode fazer parte. Só costumamos respeitar a classificação oficial usada nas academias, que é de 15 a 70 anos de idade. Mas, faz bem para qualquer pessoa, inclusive gestantes", diz Robinson.
A preocupação primordial do curso de body balance é o condicionamento postural dos alunos. Para que isso aconteça, os exercícios direcionados fazem benefícios também para outras áreas do corpo, como explica Robinson: "Para alunos que frequentam as aulas pelo menos três vezes por semana, dentro de um mês é possível notar, além da melhora na postura, melhora também na respiração, na flexibilidade, na ativação da circulação sanguínea. Fora que é uma válvula de escape para o estresse". Além de todos os benefícios, está a perda calórica. O educador afirma que em uma aula é possível perder de 600 a 900 calorias, de acordo com a resistência física de cada aluno.
Características específicas da modalidade
O body balance conta com algumas particularidades de treinamento para que fique adequado às necessidades dos alunos e para que possa surtir efeito rapidamente.
A primeira delas é que o profissional capacitado para dar a aula precisa necessariamente passar por um curso ministrado pela Body Systems, de 27 horas e com atualizações trimestrais. Outra peculiaridade é em relação às músicas, que são composições de estilos espefícios neozelandês que se adequam às necessidades de preparação do corpo para que ele reaja positivamente a estímulos cada vez maiores. Isso, além de tudo, ajuda na capacidade de concentração do aluno, fazendo com que ele faça mais facilmente os exercícios passados.
Além disso, é bom que o aluno use roupas confortáveis e largas e que fiquem descalços, a fim de garantir maior apoio dos pés com o chão. "Quando você está calçado, há uma tensão nos pés que sobe para o corpo, impedindo o total relaxamento. Por isso, os pés totalmente livres são importantes para alcançar melhores resultados", explica Robinson Kennedy.
Mas a maior peculiaridade é que o body balance é uma aula que envolve vários estilos. Com movimentos simples e eficientes, é possível transitar por modalidades relaxantes, de alongamento e que requer força muscular, além de noções básicas sobre artes marciais.
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