Em meio aos constantes avanços da medicina e busca incessante por tratamentos com baixa morbidade, complicações e que permitam um retorno precoce às atividades esportivas e laborais, têm tomado destaque a terapia com Fator de Crescimento Plaquetário.
As plaquetas são células sanguíneas responsáveis pela liberação de mediadores químicos, denominados de citocinas, que desencadeiam o processo de reparação tecidual. As citocinas, quando estão em grande quantidade, além de estimular, também aceleram a reparação dos tecidos lesados.
Isto se torna um fator importante quando nos referimos a ortopedia e a traumatologia esportiva, em que o tempo do retorno aos esportes e as condição nas quais o atleta vai se encontrar fazem muita diferença.
Por ser um procedimento com poucos riscos a princípio e com resultados encorajadores iniciais, a utilização dos fatores de crescimento plaquetário tem se difundido no meio médico.
Como o procedimento é feito?
O preparo tem início com a retirada do sangue do próprio paciente e o volume retirado pode variar de 27 a 108ml dependendo da quantidade desejada para o procedimento a ser realizado.
Depois, o sangue será centrifugado por aproximadamente quinze minutos e então retirado o plasma rico em plaquetas, que possui uma concentração plaquetária oito vezes maior que o sangue. A este concentrado de plaquetas adiciona-se gluconato de cálcio, no momento da administração.
O gluconato tem como função ativar as plaquetas para que, a partir de então, haja liberação dos fatores crescimento plaquetários que terão ação local.
Quem pode usar?
Dentre as indicações para a utilização do fator de crescimento plaquetário destacam-se:
- Fraturas
- Lesões ligamentares
- Lesões musculares
- Lesões de cartilagem
- Lesões de menisco
- Tendinopatias do joelho, cotovelo, pé e tornozelo, quadril, ombro
- Retardo de consolidação e não consolidação de fraturas
- Cicatrização de escaras
- Cicatrização de úlceras em pé diabético
Estudos têm demonstrado que além de acelerarem o processo de reparação tecidual, a utilização dos fatores de crescimento pode diminuir a dor e o sangramento pós-operatório o que pode acarretar em um menor período de internação hospitalar e um maior precocidade na reabilitação pós-operatória.
Tendo em vista os seus possíveis benefícios e os baixos riscos a saúde do paciente, o fator de crescimento plaquetário tem se tornado mais um aliado na abordagem das lesões ortopédicas, e cada vez mais estudos tem sido realizados com objetivo de se comparar a eficácia do procedimento frente a outros métodos terapêuticos convencionais.
Alguns pontos ainda necessitam ser esclarecidos, como o fator de crescimento ideal para ser utilizado, em qual situação específica e os reais riscos a longo prazo
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