A dieta da sopa é saudável?
Clarissa Tamie Hiwatashi Fujiwara Deveza é nutricionista pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (F...
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A incorporação de refeições principais com sopas elevam com maior facilidade o consumo diário de ampla gama de legumes e verduras, alimentos fontes de fibras alimentares - importantes para o bom funcionamento intestinal, manutenção da microbiota intestinal saudável, redução no risco de doença diverticular e o câncer de cólon. Além disso vitaminas, minerais e diversos compostos bioativos como pigmentos contidos nos vegetais têm atividade antioxidante (ex. carotenoides nos vegetais amareloalaranjados, antocianinas naqueles arroxeados), protegendo as células contra os danos causados por radicais livres.
Por ser fonte predominantemente de carboidratos complexos pode promover o melhor controle da glicemia; por não ter alimentos fontes de gorduras trans, ser isenta ou apresentar baixo conteúdo de colesterol, ser pautado na ingestão de grande volume de fibras alimentares, pode auxiliar no controle das taxas de colesterol.
A inclusão de alimentos fonte de proteínas, no caso das sopas incluindo-se a carne ou frango, por exemplo, em quantidades suficientes e distribuídas nas refeições, propicia componente necessário para a síntese de hormônios e músculos.
O preparo de sopas, inclusive, pode figurar como incentivo ao maior consumo de hortaliças a indivíduos que habitualmente não consomem no dia-a-dia. O estabelecimento de sopas no almoço e jantar, por consequência, acaba evitando a substituição dessas por alimentos industrializados e de menor qualidade nutricional, como as refeições prontas congeladas pobres em verduras e legumes e fast-foods.
Apesar de incluir hortaliças, cabe considerar que o seguimento especialmente a médio e longo prazo no padrão alimentar da “Dieta da Sopa” pode ser muito limitadas (sobretudo se houver pouca a variedade de ingredientes utilizados no preparo das sopas) e desequilibradas, se não houver cuidado na inclusão de quantidades moderadas de gorduras “boas” (como mono e poliinsaturadas) e mesmo de proteínas. Sintomas que se manifestam continuamente como fraqueza, tonturas, dores de cabeça, cansaço e indisposição podem indicar o seguimento de uma dieta muito restritiva e desequilibrada.
Cabe colocar que a alimentação que respeita às necessidades individuais, a rotina e os valores e as preferências alimentares são elementos-chave para que ocorra de fato a reeducação alimentar, permitindo um emagrecimento de forma sustentável e permanente (prevenindo o chamado “Efeito Sanfona”). De forma também que o individuo não precise abdicar do lado social da alimentação – isso porque o ato de comer não está apenas ligado somente à nutrientes, mas se trata e deve ser também uma fonte de prazer. Deve-se considerar que frequentemente, o indivíduo adere a uma dieta restritiva como algo a ser seguido por um período limitado de tempo para, posteriormente, retomar os hábitos anteriores e, consequentemente, apresentar o reganho do peso.
O seguimento com dietas hipocalóricas como a “Dieta da Sopa” deve ser determinado de forma personalizada, com acompanhamento profissional de um nutricionista para que se realize o planejamento nutricional adequado, considerando as preferências e aversões e também às necessidades individuais.
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