O que fazer quando a pessoa está desempregada e desde então sente dores no peito e forte ansiedade?
Evelyn Vinocur é doutora em Pediatria, graduada em 1978 pela Universidade Federal Fluminense (UFF), especialista em Pedi...
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Essa questão se refere à outra categoria distinta, a dos Transtornos de ajustamento e Reações a estresse grave, em que quadros de ansiedade começam após um evento estressor, desencadeia uma reação de "stress agudo", com consequências desagradáveis e duradouras (ansiedade e angústia) diretamente relacionadas ao mesmo e resultando em um transtorno de ajustamento. Ou seja, a condição de estresse ou de contínuo desprazer é o fator causal primário e determinante da ansiedade, na ausência do qual o transtorno não teria ocorrido. Tais distúrbios podem ser considerados como respostas inadequadas a um "stress" grave ou persistente, na medida em que eles interferem com mecanismos adaptativos eficazes, comprometendo desta forma, o funcionamento normal do indivíduo. Pode ocorrer em alguns casos que estresses psicossociais menos graves, como eventos de vida, possam precipitar o surgimento de problemas emocionais, nesses casos, devido a características individuais de cada pessoa. Esses transtornos podem ser considerados como respostas mal adaptativas a situações de estresse grave (ou moderado) continuado, porque eles interferem com mecanismos de adaptação da pessoa, que não são bem sucedidos e assim não raro levam a problemas no funcionamento social da pessoa. Para tanto, reforçando a conexão temporal imediata e clara entre o estresse e o início dos sintomas ansiosos, que desaparecem logo depois de cessado o estresse. Os sintomas podem variar de uma pessoa para outra e incluem inquietação, fadiga, irritabilidade, dificuldade de concentração, tensão muscular, palpitação, falta de ar, taquicardia, dor, pontadas, aperto ou queimação no peito, sudorese, dor de cabeça, alteração nos hábitos intestinais, náuseas, dores musculares entre outros. Respondendo a pergunta do leitor, se o seu problema se adequar às condições acima descritas, a orientação é procurar o mais rápido possível o psiquiatra. O tratamento é feito com antidepressivos e ansiolíticos, estes, só quando muito necessários. Caso haja irritabilidade e mau humor, a administração de um medicamento estabilizador de humor pode ser feita enquanto tais sintomas perdurarem. Depois de cessado o estresse causal, os sintomas logo tendem a desaparecer. Fazer o desmame dos medicamentos sempre sob orientação médica. A psicoterapia pode estar indicada para complementar o tratamento.
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