Vejo tanta notícia de estupros, que fico com medo de todo homem que chega perto de mim,será que tenho Agorafobia?
Evelyn Vinocur é doutora em Pediatria, graduada em 1978 pela Universidade Federal Fluminense (UFF), especialista em Pedi...
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Não, a Agorafobia é um transtorno de ansiedade caracterizado por medo intenso/ irracional de sair de casa e não receber socorro e que se acompanha de um ou vários comportamentos de esquiva/ evitação, provocados pelo temor de sair de casa e passar mal. Ou ainda, pelo medo de sair sozinho e se deparar em situações ou locais onde o escape seria difícil ou embaraçoso (multidão, metrô etc.) caso ela venha a sentir-se mal (sintomas agudos de ansiedade ou mesmo uma crise completa de pânico).
“Agora” em grego é “praça”, locais amplos e muito abertos e “fobia” = “medo irracional e excessivo que limita a pessoa de sair para onde quiser”. O termo também é usado quando o sujeito não consegue ficar em locais muito amplos e abertos, pois tem a sensação de que vai passar mal ali e ficar sem condições de voltar à casa. A agorafobia pode até vir sozinha, mas é muito comum que ela venha após a pessoa começar a ter sintomas de pânico ou a síndrome completa. Por exemplo, a pessoa tem um ataque de pânico no supermercado e dali em diante ele não quer mais ir àquele mercado por acreditar que se passou mal lá, passará mal novamente, se retornar. Se ela passar mal no ônibus ela vai achar que sempre que pegar aquele ônibus ele vai passar mal novamente. E assim por diante. Assim, o transtorno pode evoluir para o isolamento mais global, ser limitante ou mesmo incapacitante. Por isso, o diagnóstico e o tratamento precoces devem ser logo realizados. Interessante que muitos pacientes agorafóbicos conseguem sair de casa em companhia de seu animal doméstico e ou de criança pequena ou de outra pessoa. Por causa da necessidade de companhia a agorafobia interfere na dinâmica da família. Há pacientes que não toleram ficar sozinhos em casa, exigindo a presença de alguém, o que pode provocar irritação nos parentes. Estes, quando não conhecem a gravidade do problema não raro passam a hostilizar, desmoralizar e ou ridicularizar o paciente, que sofre muito com a incompreensão da família. Sem tratamento e sem a possibilidade de solucionar o problema, o paciente pode pensar em suicídio e ou desenvolver um quadro depressivo.
O caso que você relata sobre o medo de que todos os homens são estupradores em potencial, deve ser entendido dentro do contexto de cada pessoa, caso a caso. Infelizmente, e principalmente nas grandes metrópoles, não se pode negar a enorme quantidade de notícias de morte, assalto, roubos, estupros, torturas, etc. cada vez que abrimos os jornais ou ligamos a televisão. Lamentavelmente, essas situações têm passado a fazer parte da nossa rotina diária, sendo fatos reais e concretos com os quais todos nós, especialmente crianças, jovens e mulheres, temos que enfrentar e aprender modos de lidar com essas situações. Os medos que você relata são de situações possíveis, que de fato ocorrer, sendo problemas concretos do nosso cotidiano. Quem de nós não conhece pelo menos uma pessoa que já tenha sido morta, torturada ou estuprada?
Nenhuma novidade, estamos vivendo um momento tenso em relação à segurança nas ruas. Chegando ao cúmulo de muitas pessoas temerem ao se deparar com um policial, achando que ele pode nos achacar ou algo do tipo, quando ele teria que ser visto como um profissional da Lei, que está ali para nos proteger. Quantas pessoas não são roubadas/ assaltadas a cada minuto, “à queima roupa”, sem qualquer pudor por parte dos assaltantes? Brigas, piquetes, manifestações de rua, incêndios em carros e ônibus, balas perdidas, além de todo o tipo de agressão, especialmente a crianças e mulheres... Diante do fato real de que infelizmente situações como essas deixaram de ser propriedade só dos filmes de cinema e TV, passando a ser o cenário das ruas de nossa cidade e de nossos bairros, diante de nossos olhos, é compreensível e até recomendado que se tome certos cuidados e precauções. Como por exemplo, sair em grupos, andar em locais conhecidos, avisar onde vai e hora prevista de chegada em casa, deixar telefone de algum amigo/a, não usar jóias ostensivas, levar dinheiro só o suficiente, levar um só cartão de crédito ou nenhum, e se puder, leve Xerox autenticada da identidade/ CPF/ telefone de um parede e coisas do tipo. Se der para fazer contato com um taxista de confiança, combinar de ele te levar e buscar, dependendo da hora e do local.
Quando o sentimento do medo de ser estuprada for muito intenso a ponto de limitar ou incapacitar a sua vida social, conjugal, profissional e etc. é recomendável a busca por um psiquiatra e um psicoterapia de sua confiança, para reforçar a sua autoestima e deixar você mais fortalecida. Muitas vezes, analisando cada situação (não dá pra generalizar), vemos que muitos medos, a priori, são infundados e hiper-remotos de que ocorram. E que nesses casos, tomando algumas poucas precauções, você pode sair normalmente, pois você saberá como se defender, reagir ou até mesmo evitar locais mais isolados. Muitas pessoas sofrem de TAG ou Transtorno de ansiedade generalizada. Elas sofrem demais da chamada ansiedade antecipatória. Isso é, ansiedade, medos e preocupações excessivas e generalizadas, por situações futuras e que nunca ocorreram e de baixa probabilidade de que venham a ocorrer. Havendo sofrimento e prejuízo na qualidade de vida não pense duas vezes: procure um psiquiatra de confiança e uma psicoterapia. Faça uma atividade de lazer, um esporte. Tomando pequenos cuidados, passe a se abrir para o mundo, VIVA O PRESENTE. Viva a sua vida. Seja você. Caso contrário você estará fadado, pelo medo, a deixar de viver plenamente essa importante etapa da sua vida. Não se conforme em viver parcialmente. NÃO VIVA DO PASSADO E NEM DO FUTURO: VIVA CADA DIA, VIVA O HOJE. Procure o seu médico ou psicólogo hoje mesmo e abra as portas para a sua libertação interior. Fica a dica.
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