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Atualmente, a realidade sobre a realização de testes do novo coronavírus nos hospitais brasileiros é precária: existem milhares que ainda não foram analisados para definir o diagnóstico de pacientes - o que pode fazer com que muitos casos de COVID-19 estejam fora das estatísticas.
Isso acontece porque os laboratórios não possuem capacidade para a alta demanda que está surgindo e muitos não estão capacitados para isso.
Essa defasagem ocorre, principalmente, devido aos custos elevados de importação dos exames, e também dos insumos para a produção dos testes aqui no Brasil. Sem contar a falta de equipamentos de segurança - como máscaras para manejar as amostras com segurança.
Por isso, equipes de pesquisa da Unicamp e da USP se uniram para criar um modelo de teste mais barato e mais rápido para não só diagnosticar os casos de COVID-19, mas também outras doenças relacionadas à insuficiência respiratória, como H1N1.O objetivo é que o exame disponibilize os resultados em 5 minutos.
Testes do novo coronavírus
Hoje, os testes levam cerca de 48 horas até 7 dias para ficarem prontos. Laboratórios como o do Instituto Adolfo Lutz e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) são dois dos poucos que os realizam.
Eles fazem pouco mais de mil por dia e utilizam o método RT-PCR, que coleta amostras de secreções do nariz ou da garganta do paciente e acrescentam enzimas e outros materiais genéticos.
Já a nova proposta do teste também é feita com os fluídos corporais, mas é como se tivesse sido coletada uma impressão digital para verificar a existência de biomarcadores que apontam a presença do vírus. Por isso, ele também serviria para identificar outras doenças.
A princípio, o novo teste vai custar por volta de R$ 40 e R$ 45 - menos da metade do valor que custa hoje, acima de R$ 100.
Entretanto, ainda não foram realizados experimentos em pessoas, porque o novo teste precisa da aprovação no Comitê de Ética. Além disso, também precisa ser validado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mas a previsão é que ele esteja disponível em maio.
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