Veruska Machado, formada pela FMC desde de 2001, fez residência em clinica médica, gastroenterologia e endoscopia digest...
iRedatora de saúde e bem-estar, autora de reportagens sobre alimentação, família e estilo de vida.
O que é Gastrite nervosa?
A gastrite nervosa, chamada de dispepsia funcional, é uma doença associada a fatores emocionais. Diferente da gastrite tradicional, a gastrite nervosa não causa inflamação da mucosa que reveste as paredes internas do estômago. No entanto, a condição pode provocar sintomas como dor de estômago, azia e estufamento.
Causas
A gastrite nervosa é causada pela alta produção de suco gástrico no estômago, que pode ser provocada por fatores emocionais, como estresse e ansiedade. De acordo com Veruska Machado, especialista em gastroenterologia e endoscopia digestiva do Hospital Samaritano Botafogo, a condição tem origem multifatorial.
“A maioria dos pacientes associa os sintomas com a ingestão de determinados alimentos gordurosos, ácidos, condimentados, ricos em cafeína, álcool, entre outros. Também há fatores externos, como problemas pessoais, no trabalho e muitas vezes relacionados ao momento de vida que o paciente esteja passando”, explica.
Sintomas
Sintomas da gastrite nervosa
Os principais sintomas da gastrite nervosa são:
- Dor na “boca” do estômago
- Azia
- Sensação de estômago cheio
- Estufamento
- Saciedade precoce
- Náuseas e vômito
- Indigestão
- Arrotos e gases frequentes
Saiba mais: Gastrite enantematosa: saiba o que é, os sintomas e se tem cura
Diagnóstico
O diagnóstico de gastrite nervosa é feito com a avaliação dos sintomas, tendo em vista que eles pioram durante momentos de estresse. O especialista também pode solicitar a realização de exames para descartar a infecção pela bactéria Helicobacter pylori, tais como:
- Exame de sangue ou teste respiratório (para detectar a presença da bactéria Helicobacter pylori)
- Endoscopia
- Raio X
Buscando ajuda médica
Ao apresentar qualquer desconforto gástrico persistente, busque ajuda médica. Segundo Veruska, é importante ter um diagnóstico clínico para o sucesso do tratamento.
"A grande importância de se procurar um médico especialista para investigar e tratar a causa dos sintomas é devido aos sintomas das doenças gástricas serem semelhantes, como úlcera gástrica, úlcera duodenal, doença do refluxo, parasitoses e até câncer gástrico”, afirma.
Tratamento
Como aliviar a gastrite nervosa?
O tratamento para gastrite nervosa deve ser indicado por um gastroenterologista, que pode recomendar:
- Medicamentos: alguns remédios para gastrite nervosa podem reduzir a produção de ácido no estômago e trazer alívio dos sintomas
- Psicoterapia: o acompanhamento psicológico irá ajudar a controlar os níveis de ansiedade e estresse que provocam a gastrite nervosa
- Mudança dos hábitos alimentares: com orientação nutricional, o paciente saberá o que comer tendo gastrite nervosa e o que evitar para que o problema se agrave
O que é bom para gastrite nervosa?
A melhora dos hábitos alimentares é parte essencial durante o tratamento para gastrite nervosa. Dessa forma, é importante que o paciente também busque orientação nutricional.
“O tratamento é feito com a suspensão, por vezes temporária, de alimentos que os próprios pacientes relatam que não lhes fazem bem e de alimentos sabidamente irritantes da mucosa gástrica”, conta a especialista.
Alguns dos alimentos recomendados para pacientes com gastrite nervosa são:
- Legumes
- Frutas não ácidas
- Carnes brancas
- Peixes com baixo teor de gordura
- Cereais
Conforme explicação de Veruska Machado, deve ser evitado o consumo de:
- Alimentos gordurosos
- Condimentos
- Cafeína
- Álcool e tabaco
Saiba mais: 10 alimentos para quem tem gastrite
Medicamentos
Remédio para gastrite nervosa
Alguns dos remédios para gastrite nervosa que podem ser prescritos são:
Tem cura?
Gastrite nervosa tem cura?
A gastrite nervosa tem cura e seu tratamento costuma ser bem sucedido se realizado da forma correta.
Complicações possíveis
Gastrite nervosa pode matar?
A gastrite nervosa não é fatal e não costuma provocar grandes danos na saúde do paciente. No entanto, a condição pode vir a se manifestar em novos episódios ao longo do tempo.
Referências
Manual MSD