Médico Otorrinolaringologista do Alfa Instituto de Comunicação e Audição. Membro da Sociedade Brasileira de Otorrin...
iRedatora especialista em conteúdos sobre saúde, família e alimentação.
O que é Sinusite alérgica?
A sinusite alérgica é a inflamação da mucosa dos seios nasais causada por uma reação exagerada do sistema imunológico a substâncias alérgenas presentes no ambiente, como pólen, ácaros e mofo. É mais comum em pessoas com rinite alérgica, uma vez que a condição pode provocar a obstrução dos seios da face. Entre os principais sintomas de sinusite alérgica estão dor de cabeça ou ao redor dos olhos, sensação de pressão no rosto e nariz entupido.
Causas
A sinusite alérgica é causada pela exposição a alérgenos presentes no ambiente, como pólen, ácaros e pelos de animais. Quando o corpo entra em contato com eles, o sistema imunológico libera substâncias químicas que causam inflamação e inchaço nos seios da face, gerando os sintomas de sinusite. Outros alérgenos que podem causar a sinusite alérgica incluem:
- Poeira doméstica ou fumaça
- Fungos
- Produtos químicos
- Perfumes
- Alimentos
O quadro é mais comum em pessoas com rinite alérgica, pois a condição pode causar um acúmulo de catarro e obstrução dos seios da face, aumentando as chances da pessoa desenvolver sinusite.
Sintomas
Os sintomas de sinusite alérgica normalmente surgem após o contato com o alérgeno. São eles:
- Dor de cabeça constante
- Dor ao redor dos olhos
- Sensação de pressão no rosto ou na cabeça
- Tosse que piora durante a noite
- Nariz entupido (congestão nasal)
- Coceira na nariz
- Dor de garganta
- Redução do olfato e do paladar
- Espirros constantes
- Lacrimejamento, coceira e vermelhidão nos olhos
- Dificuldade de respirar
Leia também: Sintomas de sinusite: conheça os sinais mais comuns do quadro
Diagnóstico
O diagnóstico de sinusite alérgica é feito por um otorrinolaringologista ou alergologista a partir dos sintomas do paciente, histórico de saúde (rinites e alergias, por exemplo) e um exame físico. Geralmente, é recomendado realizar um teste de alergia para identificar o alérgeno responsável pela reação e, a partir disso, indicar o tratamento mais adequado.
Leia também: Prick test: o teste cutâneo identifica sensibilidade a alérgenos alimentares e inalantes
Em alguns casos, quando o paciente não apresenta melhora após o início do tratamento, o médico também pode pedir a realização de alguns exames de imagem, como tomografia computadorizada ou ressonância magnética. Eles podem avaliar os seios da face e a gravidade do quadro de sinusite.
Tratamento
A abordagem inicial para tratar a sinusite alérgica pode envolver o uso de remédios antialérgicos, corticoides nasais tópicos ou orais e analgésicos para diminuir o processo inflamatório e aliviar os sintomas, como dor de cabeça e sensação de pressão no rosto. Durante o tratamento, também é indispensável evitar a exposição aos alérgenos responsáveis pelo quadro.
O médico pode indicar inalação de vapor e toalhas quentes para aliviar a inflamação das membranas e promover a drenagem, além de lavagem nasal com soro fisiológico, que contribui para eliminar o excesso de secreções nos seios nasais e diminuição dos sintomas. Veja como fazer a lavagem nasal corretamente.
Cuidados
Para acelerar a recuperação e complementar o tratamento, o paciente pode adotar algumas medidas importantes na rotina, como:
- Beber bastante líquidos, especialmente água
- Não fumar e/ou evitar a exposição à fumaça
- Manter a casa limpa e arejada
- Tomar banhos quentes para aliviar a congestão nasal
- Usar um umidificador de ar
- Manter uma alimentação equilibrada
- Fazer vaporização para desentupir o nariz
Leia também: 6 melhores remédios caseiros para sinusite
Prevenção
A melhor forma de prevenir crises de sinusite alérgica é evitar a exposição às substâncias que desencadeiam a resposta alérgica no organismo. Se você suspeita de algum alérgeno, seja um alimento ou um inalante, realizar o teste de alergia pode ajudar a identificá-lo. Em todo caso, manter a casa sempre limpa e arejada contribui (e muito!) para evitar alergias.
Referências
Manual MSD
Ministério da Saúde