Oxigenoterapia: o que é, tipos e quando é indicada

O que é Oxigenoterapia?

A oxigenoterapia é um tratamento que fornece oxigênio extra para pacientes que apresentam baixo nível de oxigênio no sangue (menos de 90%). Algumas das condições de saúde que podem provocar o déficit de oxigenação são: doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), asma e câncer de pulmão.

Causas

Pra quem a oxigenoterapia é indicada?

A oxigenoterapia é indicada para aumentar a oferta de oxigênio nos pulmões e tecidos do corpo de pacientes com níveis de saturação abaixo de 90%. “Algumas pessoas com doenças pulmonares mais avançadas não conseguem obter oxigênio suficiente e transportá-lo para o sangue através de uma respiração normal”, informa o pneumologista Rodolfo Bacelar. 

Entre as condições que podem provocar o déficit de oxigênio estão:

• Asma
• Insuficiência respiratória aguda ou crônica
• Doença pulmonar obstrutiva crônica
• Câncer de pulmão
• Pneumonia
• Parada cardiorrespiratória
• COVID-19
• Enfisema pulmonar
• Fibrose cística
• Fibrose pulmonar idiopática
• Hipertensão pulmonar

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Tipos

Os tipos de oxigenoterapia podem variar, como explica Rodolfo Bacelar. “Eles variam, principalmente, na forma em que ofertamos o oxigênio e no material utilizado para que esse oxigênio chegue do aparelho até nossos pulmões”. Os mais usados são:

• Oxigenoterapia de baixo fluxo: o sistema de baixo fluxo é indicado para pacientes que necessitam de pouca oxigenação, em um fluxo de até 8 litros por minuto. Pode ser feita usando cateter nasal, cânula nasal, máscara facial, máscara com reservatório ou máscara de traqueostomia
• Oxigenoterapia de alto fluxo: usada em pacientes que precisam de uma alta concentração de oxigênio, como 30 a 50 litros por minuto. É ministrada apenas em ambiente hospitalar
• Ventilação não invasiva: também conhecida como VNI, a técnica se diferencia das outras por não oferecer oxigênio ao paciente e sim facilitar sua respiração. O procedimento usa aparelhos para criar pressão positiva e forçar a entrada de oxigênio pelas vias aéreas
• Oxigenoterapia hiperbárica: utilizada para o tratamento de feridas ou lesões de difícil cicatrização. Na técnica, o paciente é colocado em uma câmara hiperbárica com pressão 2 a 3 vezes superior à atmosférica ao nível do mar

Oxigenoterapia domiciliar

A oxigenoterapia domiciliar, ou oxigenoterapia domiciliar prolongada (ODP), é indicada para pacientes que não precisam de internação. “O grande intuito da oxigenoterapia é restabelecer vida mais próxima do normal possível aos pacientes com doenças pulmonares crônicas”, observa o especialista.

O procedimento é feito com o uso de um cateter nasal e um cilindro com oxigênio pressurizado. Pode ser prescrito o uso do oxigênio por 15 horas diárias ou 24 horas em alguns casos. 

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Cuidados

Conforme explicação do pneumologista, não existem contraindicações ao uso da oxigenoterapia. No entanto, o profissional alerta para alguns cuidados durante o procedimento, principalmente durante a oxigenoterapia domiciliar, como:

• Não fume ou cozinhe enquanto o oxigênio estiver sendo utilizado
• Cuidado com o posicionamento dos cilindros para evitar quedas
• Mantenha o cilindro longe de fios e da rede elétrica
• Atente-se à quantidade de oxigênio ministrada

“É importante lembrar que tanto a falta como o excesso de oxigênio podem fazer mal à saúde (em demasia, pode resultar em sintomas como tremores, letargia, convulsões e coma). A escolha da quantidade utilizada deve fazer parte de um acompanhamento próximo por especialistas e não deve ser alterada inadvertidamente”, orienta.

Referências

Manual MSD