Adriana Splendore é formada em Terapia Ortomolecular pela Universidade Anhembi Morumbi, especialista em Medicina Tradici...
iA primeira classificação oficial da Síndrome do Pânico ocorreu em 1980 e foi publicada pela Associação Americana de Psiquiatria e vem se tornando uma doença cada vez mais conhecida e estudada. Ela faz parte dos transtornos de ansiedade, com as fobias. O indivíduo que tem esse distúrbio começa a reagir no momento da crise como se estivesse acontecendo algo muito ruim com ele ou com alguém que ama. Os sintomas físicos são incontroláveis, porém os exames tradicionais da medicina costumam não diagnosticar absolutamente nada. Na's pessoas com crise de pânico instala-se o que chamamos de "medo do medo", isto é, medo que a crise retorne e com seus sintomas.
Geralmente pessoas extremamente produtivas costumam assumir uma carga excessiva de responsabilidades e afazeres, são bastante exigentes consigo mesmas, não convivem bem com os erros e frustrações, têm tendência a se preocupar excessivamente com os problemas, criam uma autoimagem negativa, são perfeccionistas e têm uma necessidade de estar no controle de tudo. O organismo e a mente ficam esgotados por causa do estresse e sofrem com as cobranças internas e preocupações. Esses dois sentimentos acabam remoendo internamente o paciente. São um bom exemplo de como distúrbios emocionais podem sacrificar o corpo.
Normalmente, durante a crise de pânico, a pessoa fica pálida, com fraqueza nas pernas, há uma sudorese excessiva, falta de ar com dores no peito, tremores, náuseas, tonturas e até mesmo uma palpitação no coração, o que leva a pessoa a achar que vai morrer.
Qualquer estímulo interno como uma dor, um barulho, um cheiro, uma tontura, entrar no metrô, num túnel pode remeter à situação das crises anteriores e desencadear uma nova situação de pânico. A vida começa a ficar limitada, tanto na parte social como profissional. Algumas não conseguem mais ficar sozinhas ou entrar em um elevador, ter medo de dirigir e passam a não mais sair de casa. Esse tipo de fobia foi denominado "Agorafobia", e impede que a pessoa fique tranquila sem a presença de outro individuo.
Estresse pós-traumático
Após um assalto, sequestro ou acidente, é comum desenvolver o que chamamos de estresse pós-traumático, que está bastante ligado a síndrome do pânico. Os pacientes com esse tipo de síndrome têm forte sensação de que vão reviver a situação a qualquer momento e têm sensações ruins com qualquer fato que lembre o motivo de seu trauma.
A ansiedade e a depressão são outros quadros que estão sendo relacionados com a síndrome do pânico. Na ansiedade a pessoa começa a gerar muita energia na mente, pensamentos que não existem e assim geram uma agitação interna. Esses pensamentos podem retornar a mente ao passado com frases: Quando eu morava naquela casa eu era mais feliz, se eu tivesse feito aquele curso hoje estaria melhor, naquele tempo tudo era melhor.
Ou ansiedade antecipatória (quando tentamos controlar o que ainda vai acontecer): e se a gasolina acabar, e se eu for mandado embora do emprego, e se eu não pagar minhas contas, e se alguém que eu amo vier a falecer, e se eu morrer.
Todos esses pensamentos que não existem estão consumindo uma energia absurda e com isso gerando, inseguranças, cobranças emocionais interiores, preocupação, nervosismo, baixa estima, e os medos, que se transformam rapidamente em pânico se não forem elaborados.
No próximo artigo, trarei mais informações sobre síndrome do pânico e outros distúrbios relacionados a este mal.
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