uma gestante com depressão pode perder a criança?
Evelyn Vinocur é doutora em Pediatria, graduada em 1978 pela Universidade Federal Fluminense (UFF), especialista em Pedi...
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Sim, pode.
Mas a maior parte dos abortos espontâneos ou não tem causa conhecida ou ocorre fora da possibilidade de controle. Acredita-se que de 50% a 70% das perdas que acontecem no primeiro trimestre sejam devido a anormalidades cromossômicas no óvulo fertilizado, ou seja, ele não teria mesmo possibilidade de se desenvolver normalmente.
Entre os fatores que podem levam a um abortamento está a depressão na gravidez. A depressão é um transtorno psicológico que atinge as mulheres durante o período gestacional e que se caracteriza por variações de humor, ansiedade, tristeza e desinteresse pela gravidez.
Entre as causas da depressão na gravidez podemos ter as variações hormonais (podem causar alterações no fluxo sanguíneo para o útero) que ocorrem durante a gestação, além de vida estressante, gravidez complicada, violência doméstica, problemas de fertilidade e ou episódio de aborto anterior. Mães deprimidas têm menos cuidado com a alimentação e com a saúde, o que prejudica o desenvolvimento do bebê e pode também levar a aborto, parto prematuro e ou a recém nascidos de baixo peso. elas não se alimentam nem dormem bem e têm mais chance de fumar e beber. Gestantes com depressão tendem a não seguir corretamente as orientações do pré-natal. A depressão por si só pode alterar o desenvolvimento do bebê. Estudo recentemente publicado revela o risco significativo de episódios psiquiátricos associados ao aborto induzido. O aborto estava mais fortemente associado com tratamentos subsequentes para depressão neurótica e depressão bipolar.
Estudo realizado na USP mostra que mulheres que provocaram o abortamento encontravam-se mais ansiosas (média de 11) e mais deprimidas (média de 8,3) do que mulheres que viveram abortamento espontâneo (médias de 8,7 e 6,1; respectivamente). Rev Assoc Med Bras 2009; 55(3): 322-7
Estudo realizado na Nova Zelândia mostra que o abortamento é relatado por 15% das mulheres que engravidaram antes dos 25 anos, e as que praticaram o abortamento apresentavam elevadas taxas de problemas de depressão.
Assim, o risco de não se tratar a depressão é enorme. Fica claro que é importante detectar e tratar a doença. A depressão na gravidez tem cura e o seu tratamento deve ser indicado pelo médico psiquiatra após avaliação da mulher e das condições da sua gravidez.
Bibliografia:
-Fergusson DM, Horwood LJ, Ridder EM. Abortion in young women and subsequent mental health. J Child Psychol Psychiatry. 2006;47:16-24.
-Coleman, P.K., Reardon, D.C., Rue, V.M. and Cougle, J. (2002) State-funded abortions versus deliveries: A comparison of outpatient mental health claims over 4 years. American Journal of Orthopsychiatry 72(1):141-152.
-http://brasil.babycenter.com
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