Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo (FMRP), especialista em gi...
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iO que é Síndrome do ovário policístico?
A síndrome dos ovários policísticos é um distúrbio hormonal comum nas mulheres em idade reprodutiva. É definida por um aumento de tamanho dos ovários, que criam várias bolsas cheias de líquido (cistos), provocando alterações menstruais, hirsutismo (aumento da quantidade de pelos no corpo) e infertilidade.
Causas
A doença ocorre, principalmente, em mulheres com idade entre 30 e 40 anos. Apesar de não saber sua causa específica, metade das mulheres que apresentam essa síndrome sofrem com problemas hormonais, entre eles:
- Excesso de produção de insulina pelo pâncreas
- Problemas nas glândulas hipotálamo, hipófise e adrenais
- Produção de hormônios masculinos em maiores quantidades
Sintomas
Sintomas de síndrome do ovário policístico
Os sintomas de síndrome do ovário policístico incluem:
- Menstruação irregular, por exemplo, com intervalos menstruais de 35 dias, menos de oito ciclos menstruais por ano, amenorreia por quatro meses ou mais e períodos de menstruação intensa e prolongada
- Níveis elevados de hormônios masculinos (andrógenos), que podem resultar em características físicas como excesso de pelos faciais e no corpo, acne adulta ou adolescente severa, calvície de padrão masculino
- Pequenos cistos nos ovários identificados em ultrassonografia
- Infertilidade
- Queda de cabelo e depressão
- Obesidade
- Menstruação pouco frequente ou ausente na adolescência
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Diagnóstico
O diagnóstico é feito por exclusão, os médicos consideram todos os sinais que você está sofrendo e excluem outras possibilidades até chegar a uma conclusão. Durante o processo, o médico poderá examinar alguns pontos:
- Histórico médico, com informações sobre características da menstruação e sintomas recentes
- Exame físico, incluindo informações como peso atual, altura e pressão arterial
- Exame pélvico
- Exames de sangue
- Ultrassonografia pélvica
Fatores de risco
Alguns fatores frequentemente associados com a doença são:
- Excesso de insulina
- Resistência à insulina
- Histórico familiar
- Baixo peso ao nascer
- Pubarca precoce (aparecimento dos pelos pubianos no início da puberdade).
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Buscando ajuda médica
Vá ao médico se você tem irregularidades menstruais, como períodos frequentes, períodos prolongados ou ausência de períodos menstruais, especialmente se você tem excesso de pelos no rosto e no corpo ou acne. Os especialistas em síndrome do ovário policístico são:
- Ginecologia
- Obstetrícia
- Clínico geral
- Endocrinologia
Tratamento
Tratamentos para síndrome do ovário policístico
Os tratamentos para síndrome do ovário policístico geralmente se concentra na gestão dos sintomas, além da cirurgia em casos específicos:
- Medicamentos: o seu médico pode prescrever medicamentos para regular seu ciclo menstrual, como pílulas anticoncepcionais, para reduzir os níveis de insulina e prevenir diabetes tipo 2, como a metformina, para ajudar na ovulação, como os indutores de ovulação (citrato de clomifeno) e para reduzir o crescimento excessivo de pelos, como inibidores de hormônios andrógenos
- Perfuração ovariana laparoscópica: opção cirúrgica com o intuito de induzir a ovulação, indicada para mulheres que não conseguem engravidar com medicamentos
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Medicamentos
Os medicamentos mais usados para o tratamento da síndrome do ovário policístico são:
- Diane 35
- Diclin
- Glifage
- Glifage XR
- Metformina
Convivendo (Prognóstico)
É possível adotar alguns autocuidados para síndrome do ovário policístico, como:
- Manter o seu peso sob controle, pois obesidade piora a resistência à insulina
- Considerar mudanças na dieta, para controlar os níveis de insulina no sangue
- Realizar atividades físicas
Complicações possíveis
Ter síndrome dos ovários policísticos torna as seguintes complicações mais favoráveis, especialmente quando associadas com a obesidade:
- Diabetes tipo 2
- Pressão alta
- Colesterol e triglicérides elevados
- Níveis elevados de proteína c-reativa, um marcador de doença cardiovascular
- Síndrome metabólica
- Infertilidade
- Esteatose hepática não alcoólica
- Apneia do sono
- Sangramento uterino anormal
- Câncer de endométrio e de mamas, causado pela exposição a altos e contínuos níveis de estrógeno
- Diabetes gestacional ou pré-eclâmpsia.
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Referências
Ministério da Saúde
Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo
Manual MSD