Médico Otorrinolaringologista do Alfa Instituto de Comunicação e Audição. Membro da Sociedade Brasileira de Otorrin...
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O que é Sinusite fúngica?
A sinusite fúngica (rinossinusite fúngica) é uma infecção dos seios da face, as cavidades de ar localizadas nos ossos faciais, causada por fungos — mais frequentemente o Aspergillus e o Candida sp. Entre os principais sintomas de sinusite fúngica, que pode acometer especialmente pessoas com o sistema imunológico enfraquecido, estão nariz entupido, coriza, dor na face e sensação de peso na cabeça.
Causas
A sinusite fúngica acontece quando fungos conseguem se desenvolver na cavidade nasal, como Candida sp., Aspergillus sp. e Rhizopus sp. A infecção pode ocorrer devido a inúmeros fatores, como inalação de esporos de fungos no ar e lesão ou trauma nos seios da face que pode dificultar a drenagem e aumentar o risco de infecção.
Pessoas com o sistema imunológico debilitado, decorrente de diabetes, HIV/AIDS e em tratamento de câncer, por exemplo, apresentam maior chance de desenvolver e de ter complicações da sinusite fúngica.
Sintomas
Geralmente, a sinusite fúngica não apresenta sintomas. Porém, alguns pacientes podem apresentar:
- Congestão nasal
- Dor e sensibilidade na face
- Sensação de peso na cabeça
- Secreção nasal purulenta
- Diminuição do olfato
- Tosse
- Mau hálito
- Dificuldade de respirar, em casos mais graves
Leia mais: Sintomas de sinusite: conheça os sinais mais comuns do quadro
Diagnóstico
O diagnóstico de sinusite fúngica é feito através de um exame físico, da história clínica da pessoa e de exames complementares. Através de exames detalhados de imagem, como tomografia computadorizada e ressonância magnética, o médico é capaz de localizar a infecção e verificar a presença de massas fúngicas nos seios nasais.
Uma endoscopia nasal também pode ser necessária para o diagnóstico. O procedimento é realizado com o auxílio de um tubo longo e fino com uma câmera, que permite uma visão detalhada das estruturas internas do nariz.
Buscando ajuda médica
O surgimento de sintomas de infecção nos seios da face já é um indicativo para procurar ajuda médica. Também é importante realizar uma consulta se você possuir problemas nos seios da face que não desaparecem. Se não tratada adequadamente, a sinusite fúngica pode resultar em complicações graves à saúde.
Tratamento
O tratamento de sinusite fúngica é feito através de uma cirurgia para remover o tecido infectado e corrigir as possíveis alterações nasais que se formaram, melhorando o fluxo de ar para os seios da face.
Para contribuir para o bom funcionamento do nariz e o alívio de alguns sintomas, como congestão nasal e coriza, é possível adotar algumas medidas simples durante o tratamento para sinusite fúngica, como:
- Soluções salinas: compostas por 0,9% de cloreto de sódio e água estéril, são indicadas para manter as vias respiratórias limpas, dissolvendo as secreções presentes nas cavidades nasais e amenizando o nariz entupido e os espirros frequentes
- Nebulização com eucalipto: conhecido pelas propriedades expectorantes, o eucalipto contribui para a redução das secreções acumuladas durante o quadro de sinusite
Contudo, eles não são capazes de substituir o tratamento cirúrgico, que deve ser indicado por um especialista.
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Prevenção
Não é possível prevenir a sinusite fúngica. Se você possui maior risco de infecções fúngicas nos seios da face (por sistema imunológico enfraquecido ou infecção fúngica prévia, por exemplo), é importante realizar uma rotina de exames regulares para monitorar a saúde. Converse com um otorrinolaringologista.
Complicações possíveis
“Por se tratar de uma infecção por fungo em uma cavidade, e se a pessoa tiver imunodeprimida ou não tiver condições de defesa, a sinusite se torna um processo inflamatório infeccioso que vai causando erosão óssea no seio nasal acometido. E, então, pode invadir os tecidos que estiverem em volta daquela lesão. Pode ser orbital (região dos olhos), na região de pele e até na corrente sanguínea”, explica Fernão Bevilacqua, médico otorrinolaringologista do Alfa Instituto de Comunicação e Audição.
Os riscos de complicações são maiores nos seguintes quadros:
- Pacientes que foram submetidos a transplantes de órgão
- Pacientes em tratamento oncológico (câncer)
- Pacientes imunodeprimidos
Referências
Manual MSD - Edição para Família
Ministério da Saúde
