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A alimentação que temos hoje em dia já não consegue mais oferecer todos os nutrientes necessários para o bom funcionamento do organismo. Isso acontece devido aos inúmeros agrotóxicos e hormônios utilizados na produção dos alimentos. E para suprir esse déficit nutricional, é preciso fazer a suplementação alimentar.
Apesar de ser uma prática saudável e prescrita por especialistas, muitas pessoas ainda têm receio e dúvidas de como funcionam os suplementos. Pensando nisso, o Bate-papo com MinhaVida conversou com o médico nutrólogo Murilo Picanço e a jornalista Ana K. Ferreira, numa parceria com a Ekobé, indústria brasileira de vitaminas e suplementos alimentares.
A seguir, confira os principais assuntos abordados durante a entrevista:
MinhaVida: O que é considerado um suplemento alimentar?
Dr. Murilo Picanço: Os suplementos alimentares são preparações que fornecem nutrientes, como vitaminas, minerais, fibras, ácidos graxos, aminoácidos e outros componentes que podem estar em falta no organismo ou que não estão sendo consumidos em quantidades suficientes. Ou seja, a alimentação dessa pessoa deixa uma carência.
E o próprio nome “suplementação” ou “suplementos” vem da palavra suprir; quer dizer, suprir aquela falta ou aquela necessidade nutricional.
MinhaVida: É preciso realizar exames antes de fazer a suplementação alimentar? Se sim, qual?
Dr. Murilo Picanço: O mais comum é fazer exames laboratoriais. Geralmente, solicitamos exames sanguíneos para avaliar a quantidade de vitaminas, de hormônios, de minerais, de enzimas e de aminoácidos. Também é importante levar em consideração o sexo e a idade da pessoa, para observarmos o que possivelmente está faltando.
Afinal, determinadas faixas etárias têm carências específicas de alguns minerais ou algumas vitaminas, principalmente se é homem, mulher, crianças ou idosos. Com isso, analisando mais ou menos as estatísticas, a gente já entende o que pode estar em falta para cada grupo, para, então, entrar com a suplementação e suprir esta necessidade.
MinhaVida: Os alimentos que consumimos não nos oferecem os nutrientes necessários para o bom funcionamento do organismo?
Dr. Murilo Picanço: Os alimentos chegam às nossas mesas ricos em poluição e pobres em nutrição. Então, às vezes, nós cremos que estamos fazendo uma boa alimentação, comprando apenas alimentos de qualidade, comendo saladas, legumes e carnes magras, feitas de uma maneira não frita, sem óleo, mais no vapor, como o famoso peito de frango grelhado; e que está tudo certo. Mas sabia que talvez aquele alimento não seja tão nutritivo quanto você imagina?
A maneira que aquele frango foi produzido em massa ou aquela carne bovina de confinamento cheia de hormônios, aquela salada com agrotóxicos, com pesticidas e veneno, ou aquele legume de uma terra infértil que foi usado transgeneridade para modificar o seu DNA e encontrar a semente que aguentasse as pragas, etc.
Com isso, o alimento chega cheio de intervenções antinaturais, enquanto você acha que está comendo super bem e não precisa de uma suplementação. Quando, na verdade, os alimentos de hoje, infelizmente, não contêm mais aquilo que o livro de nutrologia indica [...] Nós temos que ir atrás de uma suplementação para suprir essas necessidades.
MinhaVida: Qual a diferença entre suplemento alimentar, complemento alimentar e polivitamínicos?
Dr. Murilo Picanço: O polivitamínico é algo genérico. Ele é generalizado. Por exemplo, digamos que a minha necessidade diária de cálcio é de 400 miligramas. No polivitamínico terá 100 miligramas; afinal, não dá para saber se a pessoa que vai ingerir esse produto consome bem alimentos que são ricos em cálcio.
Ou seja, ele está ali para ajudar discretamente. Ele é geral, serve para todos; então, não tem altas doses de vitaminas e minerais. Agora, o suplemento contém doses mais concentradas e necessita de uma indicação prévia. É necessário identificar uma carência e supri-la com um suplemento. Ele não é o protagonista, ele é coadjuvante.
Já o complemento alimentar tem papel de protagonista igual a alimentação [...] Ele é muito mais forte do que os suplementos, porque ele complementa de fato a alimentação [...] Essa é a diferença: com suplementação, é 20% suplemento e 80% alimentação; já com o complemento a divisão é de 50% cada um.
MinhaVida: Por que ainda existem pessoas que têm receio de usar suplementos alimentares?
Dr. Murilo Picanço: Eu acho que isso perdeu bastante força na pandemia, porque esse período provou para as pessoas a importância de algumas vitaminas para a imunidade, como a vitamina C e a vitamina D, e alguns minerais, como zinco e selênio, também para a imunidade.
O problema é que algumas pessoas têm dificuldade de separar o que é remédio e o que é suplemento. Às vezes, mesmo fazendo live e falando especificamente sobre um suplemento, chegam perguntas como “esse remédio serve para quê?”. Sempre tem isso. E a culpa não é de quem está perguntando, mas sim da falta de informação.
E qual é a diferença entre um suplemento e um remédio? O remédio é sintético, tem uma dosagem específica, pode fazer mal em excesso, tem efeitos adversos, pode causar vício e tolerância. É tudo diferente de um suplemento. Afinal, o suplemento é natural, retirado de fontes como o próprio solo, plantas ou alguns animais [...] É uma diferença muito grande entre suplemento e medicação, e é preciso espalhar essa informação para que as pessoas deixem de ter medo da suplementação.
MinhaVida: Tem problema fazer suplementação de mais de um nutriente por vez?
Dr. Murilo Picanço: Ao contrário, é até indicada a suplementação de vários nutrientes, pois muitos deles otimizam um ao outro [...] O cálcio, por exemplo, quase não vem sozinho mais no mercado, está sempre acompanhado da vitamina D, que é a vitamina responsável por fazer a absorção desse nutriente, e da vitamina K2, que faz a fixação desse cálcio nos ossos.
Pelo o que eu vejo na Ekobé, dificilmente você vai achar um produto que é só ele. Tem uma tabela com três, quatro, cinco vitaminas, aminoácidos e coenzimas diferentes. Porque priorizamos a sinergia de um nutriente com o outro para que ambos possam ser eficientes. Então, não é contraindicado mais que um nutriente. O que é contraindicado é uma overdose, uma superdose de um nutriente específico. Isso sim é que não pode.
Ana K. Ferreira: Eu tomo cinco! Eu não entendo totalmente como o Dr. Murilo, mas por exemplo, eu estava olhando aqui, e o laranja mourão vem também com colágeno e fenilalanina. Assim, sempre tem dentro de um suplemento algum ingrediente a mais que vai colaborar para a sua eficácia.
Para saber mais sobre quais suplementos são indicados para cada faixa etária, o que avaliar na hora de comprar os produtos disponíveis no mercado e outras dúvidas comuns sobre suplementação, confira o vídeo na íntegra disponível no início desta matéria.