Médico urologista e doutor em Ciências Médicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), também é membro da...
iFormado pela Universidade Luterana do Brasil, no Rio Grande do Sul, é especializado em conteúdos de saúde
O que é Disfunção erétil?
A disfunção erétil é a incapacidade do homem de alcançar ou garantir uma ereção satisfatória para as relações sexuais. O distúrbio pode ser manifestado de várias formas, entre elas, não manter o pênis ereto, assim como problemas ao ejacular ou ter orgasmo, fatores que podem gerar estresse, baixa autoestima e problemas no relacionamento.
Causas
Para a obtenção de uma ereção, vários órgãos e tecidos precisam funcionar em harmonia, logo, existem muitas situações que afetam seu curso natural.
Nesse aspecto, nem sempre os médicos conseguem definir exatamente o percentual de participação de cada estrutura envolvida. A impotência sexual está relacionada a diversas doenças e tratar a disfunção envolve obrigatoriamente a descoberta de sua causa.
As principais causas de disfunção erétil são:
- Distúrbios psicológicos;
- Doenças hormonais (diabetes, queda de testosterona, problemas endócrinos);
- Doenças neurológicas (lesões na medula, doença de Alzheimer e Parkinson);
- Doenças cardiovasculares que provocam obstrução das artérias e veias, prejudicando a chegada do sangue ao pênis;
- Consumo excessivo de medicamentos;
- Cirurgias pélvicas;
- Doença de Peyronie ou fibrose dos corpos cavernosos;
- Alcoolismo;
- Tabagismo.
Sinais
Homens com disfunção erétil apresentam certos sinais antes do diagnóstico, entre eles:
- Ausência de ereção à noite ou acordar pela manhã;
- Dormência na região entre e ao redor das nádegas e área genital (chamada de região selar);
- Cãibras dolorosas nos músculos das pernas que ocorrem durante a atividade física, mas são aliviadas prontamente por repouso (claudicação intermitente)
Saiba mais: Preconceito contra a impotência é mais grave que a doença. Entenda!
Diagnóstico
O diagnóstico da disfunção erétil é clínico e o médico chega à conclusão a partir de uma conversa com o paciente.
Na prática, ele busca identificar possíveis fatores que possam estar ligados à disfunção, como hipertensão arterial ou diabetes, por exemplo.
Saiba mais:Como é feito o diagnóstico da disfunção erétil?
Fatores de risco
Todos os fatores de risco para doenças cardiovasculares, como infarto e AVC, também podem aumentar o risco de disfunção erétil, entre eles:
- Diabetes;
- Hipertensão arterial
- Dislipidemia (colesterol e triglicérides alterados);
- Tabagismo;
- Obesidade;
- Sedentarismo.
Fatores emocionais também afetam a autoconfiança do homem, como desemprego, aposentadoria, crises financeiras, luto na família, entre outros.
É importante ressaltar que apenas o envelhecimento não constitui necessariamente uma causa de disfunção erétil.
Exames
Geralmente, são feitos exames laboratoriais que incluem medição da concentração de testosterona no sangue e de outros hormônios.
O exame de sangue também pode ser feito para verificar a existência de diabetes, distúrbios de colesterol e de tireoide.
Ecodoppler peniano
O ecodoppler peniano é um exame em que se injeta um medicamento no pênis para obter ereção. O método é utilizado para medir o fluxo arterial, observar o comportamento da túnica (cartilagem) que reveste os corpos cavernosos e avaliar a resposta erétil obtida.
O exame é feito no consultório médico ou em clínicas de radiologia e o medicamento faz efeito de 5 a 10 minutos.
Buscando ajuda médica
Quando a ereção não é adequada e isso se repete com frequência, vale a pena procurar ajuda médica. Neste caso, o urologista é o profissional indicado para detectar e aprofundar um possível tratamento.
Lembre-se de que os fatores de risco cardiovascular são semelhantes e que a disfunção erétil alerta para outros problemas no organismo.
Tratamento
O tratamento da disfunção erétil começa com a identificação e controle dos fatores de risco.
Além disso, o médico pode prescrever medicamentos orais chamados inibidores da fosfodiesterase tipo 5 que ajudam a relaxar a célula muscular do tecido cavernoso, e assim, obter a ereção.
Vale ressaltar que o aconselhamento educacional e psicológico também ajuda a orientar os pacientes e fortalecer a autoestima.
Saiba mais: Entenda como é feito o tratamento da disfunção erétil
Medicamentos
Hoje existe tratamento para qualquer tipo de disfunção erétil. Portanto, estabelecer um bom relacionamento com o médico e explicar detalhadamente o problema é fundamental.
Os medicamentos mais usados para o tratamento de disfunção erétil são:
- Cialis;
- Viagra;
- Sildenafila;
- Vardenafila;
- Tadalafila.
Quando a medicação oral usada na dose e da maneira adequada não resolve o problema, existem outras modalidades terapêuticas, como bomba de vácuo, injeções de vasodilatadores e prótese peniana.
Prevenção
Para prevenir a disfunção erétil é importante manter a saúde cardiovascular em dia. a boa circulação do sangue e as orientações dos profissionais, como cardiologistas, que frisam:
- Adoção hábitos de vida saudáveis;
- Controle do peso;
- Prática regular de exercícios físicos.
Convivendo (Prognóstico)
Como existem várias causas para a disfunção erétil, o prognóstico varia bastante. Atualmente, os casos mais difíceis para tratamento incluem pessoas com diabetes ou submetidas à prostatectomia radical (cirurgia para tratar o câncer de próstata).
Referências
Sociedade Brasileira de Urologia
Portal da Urologia