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Além de saberem pouco sobre depressão, os jovens brasileiros sentem vergonha de falar do assunto e não acreditam na importância do tratamento, segundo pesquisa realizada pelo IBOPE em diferentes regiões do Brasil.
Mas no levantamento do IBOPE, mais de 1 a cada 4 entrevistados do grupo de 18 a 24 anos (26%) acredita que a depressão é uma "doença da alma". Além disso, apesar de saberem que há tratamento, esse mesmo grupo não acredita na sua eficácia.
Ver essa realidade, diz a diretor médica da empresa farmacêutica parceira do estudo, Pfizer Brasil, "é muito preocupante porque a doença representa um dos diagnósticos mais frequentes entre as pessoas que tiram a própria vida".
Depressão no Brasil
Depressão é doença
Cerca de 29% desses jovem também não vêem a depressão como uma doença que pode ser tratada como as outras. Enquanto isso, entre os entrevistados com mais de 55 anos, a porcentagem tanto do reconhecimento da doença como da eficiência do tratamento caem em 11%.
Essa resistência tem a ver com o desconhecimento sobre os antidepressivos mais modernos. Mas "vale lembrar que estamos falando de uma doença de elevado potencial incapacitante, que pode ser associada a um desfecho trágico, que é o suicídio, mas que pode e deve ser trata", explica Márjori.
Antidepressivos funcionam?
Mais de 60% dos entrevistados mais jovens, de 13 a 24 anos, não sabem e/ou duvidam sobre a eficácia dos novos antidepressivos. Além disso, 1 em cada 4 acha que eles podem "viciar o organismo" ou provocar o ganho de peso e diminuição da libido.
Entretanto, "na verdade, tanto a falta de concentração como a queda de libido podem ser sintomas do próprio quadro depressivo", explica Elizabeth Bilevicius, líder médica Upjohn, divisão da Pfizer focada em doenças crônicas não-transmissíveis.
Vergonha da depressão
De acordo com a pesquisa, a desinformação é uma das causas que levam ao estigma e à vergonha que o paciente sente tanto em admitir a doença quanto a falar do assunto.
Isso porque como os colegas não levam a depressão à sério, não acreditaria que a pessoa está realmente doente.
Depressão em homens
Os homens são a maior porcentagem dos casos de suicídio, influenciados por transtornos mentais, como a depressão. Mas os tabus sobre a depressão também se mostraram mais fortes entre eles. A maior parte não acredita que uma atitude positiva e alegria de viver são suficientes para vencer a doença.
Um pouco menos da metade associa depressão a um sinal de fraqueza ou de pouco força de vontade. Além disso, valorizam menos o suporte médico para o tratamento da doença. Acreditam mais no acompanhamento psicológico e na prática de exercícios.
Depressão: psiquiatra ou psicólogo?
Procurar ajuda do psiquiatra começa a ganhar mais força entre os mais velhos, acima de 35 anos. Entretanto, a maior parte das pessoas procurariam primeiro o psicólogo. Segundo Márjori, isso acontece justamente porque as pessoas subestimam a depressão como doença.
"Certamente, o psicólogo tem um papel muito importante no acompanhamento do paciente, mas o psiquiatra é o profissional habilitado a estabelecer o diagnóstico e o tratamento médico adequado", explica.
Novo olhar sobre a Saúde Mental
As conclusões da pesquisa "Depressão, suicídio e tabu no Brasil: um novo olhar sobre a Saúde Mental", feita com cerca de 2 mil brasileiros a partir dos 13 anos de idade, levou ao lançamento da campanha: "Na Direção da Vida - Depressão sem Tabu".
O projeto está sendo conduzido pela Upjohn, uma divisão focada em doenças crônicas não-transmissíveis, e pela área de Medicina Interna da Pfizer. Tem apoio também da Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (ABRATA) e conta com a participação do Centro de Valorização da Vida (CVV).
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