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Da escolha de cada peça do enxoval à organização da mala que vai para a maternidade, a espera pela chegada do bebê é repleta de preparativos. E uma parte importante para muitas futuras mamães é a reunião que tem a gravidez como pretexto para reunir a família e as amigas mais próximas.
Até pouco tempo atrás, o chá de bebê era imbatível, mas em 2008 foi inventada nos EUA uma reunião que tomou o mundo e passou a dividir as escolhas das gestantes: o chá de revelação. E desde então, não é raro nascer a dúvida: qual deles fazer? Como escolher entre um chá de bebê e um chá de revelação?
Para tomar esta decisão, é importante conhecer as características de cada festa. Com a ajuda de Elaine Gouvêa, relações públicas e personal baby planner, e de Bruna Santos, hoteleira e baby planner, detalhamos a seguir as celebrações que marcam este momento tão especial da vida da mulher.
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Chá de bebê: tradicional e tranquilo
A decoração é semelhante à de uma festa de aniversário infantil, só que em vez de um tema, há apenas a predominância de cores de preferência dos pais.
Durante a celebração são servidas comidinhas e bebidas e cada convidada leva um presente para o bebê, que pode ter sido determinado pela gestante no convite ou livre.
O ponto alto do chá de bebê é quando a grávida começa a abrir os presentes: a brincadeira é que ela tente adivinhar o que é e quem deu e, se não acertar, ganha "maquiagem" no rosto e na barriga, faixas e coroas feitas com papel higiênico e outras zoeiras leves.
Futuras mamães que preferem tranquilidade e uma reunião com mais perfil de bate-papo que de agitação tendem a optar pelo chá de bebê. Elaine conta que hoje em dia são as próprias gestantes que organizam seus chás de bebê, com a ajuda da mãe, de uma irmã ou de uma amiga muito próxima.
Chá de revelação: o que saber?
O que marca o chá de revelação é a surpresa. E para todos, já que nem a gestante sabe como será o final da festa. Por isso, quem organiza tudo é alguém da família, uma amiga ou uma planejadora de festas. É essa pessoa que terá acesso ao exame com o sexo do bebê e, a partir dele, cuidará da decoração do local escolhido para a celebração e bolará a forma de como será revelado se o bebê é menino ou menina.
A decoração tende a ser com cores como rosa e azul, para não dar pistas, porém o que vale é a criatividade, não é? A festa corre como o chá de bebê, com comidas e bebidas sendo servidas e todo mundo se divertindo. Os convidados levam presentes neutros.
O ponto alto do chá de revelação é a hora da revelação em si, que geralmente é feita por cor. As formas mais comuns de fazer isso são com um bolo para serem cortados, com balões saindo de uma caixa e com rojões de confetes estourados por todos os convidados. Mas nada impede que outras maneiras criativas sejam inventadas.
Grávidas que gostem de badalação têm optado pelo chá de revelação, mas Bruna diz que muitas acabam fazendo o chá de revelação no começo da gestação e o chá de bebê no sexto ou sétimo mês - um para anunciar e o outro para celebrar a nova vida.
E se a grávida não quiser nem um nem outro?
É tudo muito lindo, mas a gestante pode não querer fazer chá de bebê, chá de revelação ou qualquer outra comemoração. É um direito dela e não se deve tentar forçar uma celebração ou fazer uma festa surpresa.
"Tem que respeitar a vontade da mulher. Se ela for introvertida ou tímida, um chá de bebê seria uma tortura, um castigo, um sofrimento. Um chá de revelação, pior ainda", afirma a psicóloga Marina Vasconcellos, especialista em psicodrama terapêutico e terapia familiar.
A psicóloga recomenda que sempre seja perguntado à grávida o que ela quer. "Se ela não quiser nada, não vai ter nada e pronto. Não importa se é tradição, se é moda; a vontade dela é o que conta. Nunca se deve impor algo a ninguém, e muito menos neste momento especial da vida da mulher", finaliza.