Redatora de conteúdos sobre beleza, família e bem-estar.
Se deixar, tudo vira culpa dela: a baixa imunidade é relacionada a todo tipo de problema, atualmente. Os cuidados com seus anticorpos são, mesmo, muito importantes. E, para isso, não vale só tomar vacina. Fazer exercícios físicos, ter uma alimentação balanceada e cuidar do controle emocional são hábitos que fazem parte de uma agenda mínima de proteção às suas defesas naturais, como a mostra a alergologista Cíntia La Scala na entrevista a seguir.
Problemas de imunidade são crônicos?
Existem problemas crônicos e agudos. Por exemplo: imunodeficiência primária, como a deficiência de Imunoglobulina A é uma doença crônica, em que o organismo não produz imunoglobulina A e, por isto, a pessoa com esta doença pode ter infecções de repetição. Mas a varicela, também conhecida como catapora, é uma doença em que o próprio vírus pode levar a uma queda da imunidade. É um problema transitório, que desaparece com a cura.
Que tipo de situação, além das infecções, pode baixar nossas defesas?
A defesa do organismo contra infecções depende das condições do indivíduo e do agente causador. Assim, tudo que altere as condições do organismo pode levar a uma queda da imunidade. A deficiência de zinco, por exemplo, pode diminuir a eficácia da resposta imunológica. Por outro lado, o stress constante, também pode alterar a imunidade.
E os exercícios físicos interferem de alguma forma? Como?
O exercício físico é importante para ter uma vida saudável, além de melhorar o stress (condição que altera a liberação de neurotransmissores, tornando nosso organismo mais suscetível às doenças).
Como a alimentação pode fortalecer as defesas do organismo?
A falta de alguns nutrientes como as vitaminas A,E e C, ferro, zinco entre outros, compromete as reações que fazem parte da resposta imune.Alguns alimentos são importantíssimos para aumentar a imunidade do organismo, como o iogurte. Os lactobacilos presentes nele recuperam a flora intestinal e fortalecem o sistema imunológico. A carne, em especial a vermelha por conter muito ferro, estimula a produção de hemoglobina no sangue e é de grande auxílio em casos de anemia.
O zinco atua na reparação dos tecidos e na cicatrização de ferimentos. Carnes, cereais integrais, oleaginosas (castanha-do-pará, castanha do caju, nozes, amêndoas), sementes, leguminosas (feijão, grão de bico, ervilha) são alimentos ricos em zinco e importantíssimos para a nossa alimentação.
Fontes de vitamina A: ovos,vegetais amarelos e laranjas, além de cenoura, brócolis.
Fontes de vitamina C: pimenta, tomate, morango, kiwi e frutas cítricas.
Algum tipo de medicamento reduz a imunidade?
Sim. Existem casos em que é necessário reduzir a resposta imunológica, como nos casos de transplante de órgãos. Aí utilizamos medicações imunossupressoras. Os corticóides estão entre os medicamentos que reduzem a imunidade, daí a necessidade de orientação médica na ingestão.
Como a falta de sono enfraquece a imunidade?
A falta de sono pode ser decorrente de algum problema orgânico ou emocional. É importante encontrar a causa da insônia, porque deixar de dormir pode deixar você com stress, reduzindo a imunidade.
Imunidade e menstruação
A endocrinologista Claudia Yamazaki, da Clínica Carla Albuquerque de Dermatologia, confirma o que você sempre ouviu dizer: durante a TPM, a mulher adoece mais facilmente. Segundo ela, existe sim uma queda da imunidade na segunda fase do ciclo menstrual devido à ação do hormônio progesterona. "O ciclo menstrual é composto por duas fases. Na primeira, ocorre aumento da produção de estrógeno e vai do primeiro dia da menstruação até a ovulação. Na segunda fase, a produção de estrógeno cai e ocorre uma aumento da progesterona", afirma a endocrinologista. O aumento da concentração deste hormônio no sangue também é responsável pelo inchaço, depressão, vontade de comer doces da fase pré-menstrual.