Médica ginecologista especialista em Endoscopia Ginecológica titulada pela FEBRASGO, também professora de Yoga...
iCom experiência na cobertura de saúde, especializou-se no segmento de família, com foco em gravidez e maternidade.
O que é a vagina
A vagina é uma região fundamental da anatomia feminina e proporciona prazer intenso às mulheres - capaz até de trazer um novo ser humano ao mundo. "Pepeca", "perereca" e "periquita" são alguns de seus apelidos e muitos tabus rodeiam a vagina, já que muitas ainda têm vergonha de conhecê-la e entender como ela funciona no sexo, seus odores e doenças.
Vulva e vagina: anatomia e diferença
A vagina é a parte interna do aparelho genital feminino. Tudo que está por fora é a vulva, que abriga os lábios e a uretra. O canal vaginal liga a vulva ao colo do útero, e é lá que o pênis penetra durante o sexo.
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Odor da vagina: quando ter atenção
De acordo com a ginecologista Barbara Murayama, o odor de uma vagina saudável não costuma ser percebido. "Não há um odor característico, pois sofre variações pessoais, de acordo com fase da vida, alimentação, sudorese, fatores hormonais, uso de medicações", diz a médica.
Entretanto, o ácúmulo de células mortas que se soltam na região colaboram para o aumento de bactérias que vivem na pele e consequentemente causam os odores desagradáveis, principalmente para aquelas que estão acima do peso e que transpiram muito.
Como é a sensação dentro da vagina
Para tentar entender como é estar lá dentro, o jornal britânico Metro pediu que seus leitores heterossexuais descrevessem como era a sensação. Algumas das respostas foram:
- "Parece uma luva justa cheia de óleo quente"
- "Um donut de geleia mole e suave que você acabou de perfurar com seu pênis"
- "Quente, macio e sensível com aquele ligeiro atrito"
Essas respostas dão a pista sobre do que a vagina é feita. De acordo com a ginecologista Patrícia Gonçalves de Almeida, o canal é um tubo muscular revestido por fibras musculares e lisas e uma mucosa.
De fato, ela é mais quente do que o resto do corpo. Por causa da intensa circulação de sangue, hormônio e glicose, a temperatura do canal vaginal é alta, semelhante ao canal retal, que é de onde vêm as fezes.
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O que acontece durante o sexo vaginal
Por ser uma mucosa, a vagina também é úmida. As responsáveis por isso são as Glândulas de Bartholin, na entrada da vagina, e as Glândulas de Skene, de cada lado do canal da uretra.
Quando as mulheres ficam excitadas, essas glândulas trabalham ainda mais, lubrificando intensamente a região. É como se nosso corpo se preparasse para a penetração ainda nas preliminares.
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E esse é um dos motivos que justificam a importância desses passos para uma boa transa, mesmo para quem prefere a parte da penetração. Sem boas preliminares, o organismo da mulher não conseguirá entender nem ter tempo para lubrificar a vagina.
Dor na relação sexual: doenças na vagina
Sentir dor na relação sexual pode ter muitas causas, desde fisiológicas até psicológicas. Também chamada de dispareunia, a dor na relação sexual pode acometer o sexo masculino e feminino, sendo mais comum no segundo caso.
A dor pode acometer diferentes partes do corpo, desde a bexiga, pelve, uretra, até a vagina. Pode ser uma dor acentuada em penetração mais profunda, ou mesmo uma coceira ou sensação de queimação.
Entre os motivos que levam ao incômodo destacam-se algumas doenças na vagina, além de outros fatores que prejudicam a lubrificação vaginal:
- Doenças de pele que causam úlceras, fissuras, coceira ou queimação na genitália
- Infecções, tais como leveduras ou infecções do trato urinário
- Lesão ou trauma causado por parto, acidente, histerectomia ou cirurgia pélvica
- Dor na área vulva
- Inflamação da vagina (vaginite)
- Contração espontânea dos músculos da parede vaginal (vaginismo)
- Endometriose
- Cistite
- Doença inflamatória pélvica
- Miomas uterinos
- Síndrome do intestino irritável
- Radio e quimioterapia
- Menopausa, parto, amamentação, medicamentos ou pouca excitação antes da relação sexual levam à falta de lubrificação
Outros fatores também podem reduzir o desejo sexual da mulher ou afetar a capacidade de uma pessoa ficar excitada também e causar a dor na relação sexual. Geralmente, eles estão relacionados a estresses, traumas causados por um histórico de violência sexual, problemas de autoestima ou mesmo uso de medicamentos que impactam na vida sexual.
Ejaculação feminina
"Algumas mulheres ficam tão excitadas que as Glândulas de Skene liberam um jato de secreção de lubrificação tão intenso que simula a ejaculação no homem", explica a ginecologista.
De acordo com Patrícia, há alguns casos em que ter toda essa lubrificação é, de fato, mais difícil. Segundo ela, mulheres que estão passando pela menopausa ou usando alguns anticoncepcionais podem ter dificuldade de produzir esse ingrediente tão importante.
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Na hora da penetração, os músculos do canal vaginal se distendem para se acoplar ao pênis, e a vagina pode aumentar de tamanho e de diâmetro, de acordo com as medidas do pênis do parceiro.
"Em média a vagina mede 7 a 10 centímetros, variando de acordo com o biotipo da mulher. A extensão da vagina muda de acordo ao tamanho do pênis, durante a penetração, contudo tem de ser proporcional, para que não haja lesões ou lacerações da vagina", explica Patrícia.
No entanto, ao contrário do que dizem algumas lendas, fazer sexo não é capaz de alterar o tamanho ou o diâmetro da vagina definitivamente. Ela só pode ficar mais alargada com uma dilatação intensa, com penetração de objetos grandes ou em partos de bebês muito maiores do que a vagina suporta.
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