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O choque hipovolêmico, também chamado de choque hemorrágico, acontece quando o paciente perde uma quantidade exorbitante de sangue e líquidos corporais. O quadro é considerado grave, fazendo com que o indivíduo apresente uma queda de mais de 20% de seus fluidos.
Essa condição se difere da hipovolemia, nome dado à diminuição de volume plasma sanguíneo. Em casos de choque hipovolêmico, que é mais grave, o quadro de saúde evolui para um estado de urgência em pouco tempo, com o risco de falência dos órgãos e ataque cardíaco.
Sintomas do choque hipovolêmico
O médico cardiologista Ausonius Magno Ferreira, do Hospital Albert Sabin, explica que quando o volume sanguíneo cai em grande quantidade, o organismo não é capaz de levar oxigênio para todos os órgãos, fazendo com que o paciente apresente os seguintes sintomas:
- Queda de pressão
- Aumento da frequência cardíaca
- Pulsação fraca
- Sudorese fria
- Palidez
- Tontura
- Desmaio
"Quando não tratado, o quadro pode evoluir para alterações neurológicas (confusão mental), coma e, eventualmente, a morte", fala o especialista.
Causas
Essa condição ocorre, principalmente, após acidentes que geram grandes cortes e feridas. Além disso, outras possíveis causas do choque hipovolêmico são:
- Lesões traumáticas
- Sangramento interno
- Complicações cirúrgicas
- Desidratação importante
- Diarreia excessiva
- Vômito e suor em grande escala
- Sangramento vaginal significativo
- Cólera
- Queimaduras
Diagnóstico
O diagnóstico do choque hipovolêmico é feito de forma clínica, com a investigação do histórico do paciente. O médico irá analisar os sinais e sintomas apresentados pelo indivíduo, além de entender a situação que o levou a procurar ajuda hospitalar. Normalmente, os exames solicitados são o de ultrassom, raio x e eletrocardiograma.
Cuidados com o choque hipovolêmico
O cardiologista Ausonius Ferreira explica que, em casos de choque hipovolêmico, o médico irá realizar procedimentos como acesso venoso, punção de veia profunda e a reposição do volume perdido. Chamada de "ressuscitação volêmica", essa técnica utiliza elementos como soro e sangue para tratar o paciente. Também são utilizados medicamentos que aumentam a pressão arterial.
O médico reforça que, em caso de suspeita de choque hipovolêmico, o tratamento deve ser hospitalar. "A hidratação oral não é indicada, porque o paciente pode apresentar desmaio e engasgo, além de poder gerar complicações como pneumonia", alerta o especialista.
Fonte
Ausonius Magno Ferreira, médico cardiologista do Hospital Albert Sabin de São Paulo, CRM 185763