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Merck, a farmacêutica responsável por produzir a Ivermectina, divulgou por meio de um comunicado oficial que o medicamento não é recomendado para o tratamento do novo coronavírus.
Segundo informações contidas na nota, cientistas da empresa seguem analisando e examinando todos os estudos que envolvem o uso do remédio em casos de COVID-19, mas nenhuma pesquisa apresentou evidências científicas para afirmar a eficácia da Ivermectina no tratamento da infecção causada pelo vírus.
A Merck também afirmou que, até o momento, a análise feita por especialistas identificou o seguinte:
- Não há nenhuma base científica em estudos pré-clínicos sobre um efeito terapêutico potencial do medicamento contra COVID-19
- Nenhuma evidência significativa para atividade clínica ou eficácia clínica em pacientes com o diagnóstico de COVID-19
- Há uma preocupante falta de dados de segurança na maioria dos estudos
"Não acreditamos que os dados disponíveis suportem a segurança e eficácia da Ivermectina além das doses e populações indicadas nas informações de prescrição aprovadas pela agência reguladora", afirmou a farmacêutica.
A Ivermectina é indicada para o tratamento de complicações causadas por vermes ou parasitas, como a elefantíase, lombriga, sarna e piolho.
Medicamentos contra COVID-19
Em uma pesquisa realizada recentemente pela Organização Mundial da Saúde (OMS), chamada de Solidarity, foi revelado que quatro dos remédios que vinham sendo analisados desde o começo da pandemia possuem pouca ou nenhuma eficácia no tratamento da COVID-19. Entre eles estão: hidroxicloroquina, remdesivir, lopinavir e interferon.
Segundo a OMS, até o momento, os corticóides são os únicos medicamentos que apresentaram resposta positiva em casos moderados e graves de infecção por coronavírus. Um pesquisa brasileira, publicada no periódico científico Journal of the American Medical Association (Jama), revelou que o uso de dexametasona ajuda a reduzir o tempo de internação de pacientes adultos por Síndrome Respiratória Aguda Grave causada pela COVID-19 que precisam de respiração mecânica.
"O estudo indicou que o uso de dexametasona em pessoas que precisam de oxigênio diminui a internação e mortalidade. Mas, de maneira alguma, é para o paciente tomar o corticoide em casa, já que ele pode fazer mal ao organismo", explica Ivan Franca, infectologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
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