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A cidade de Aparecida de Goiânia, em Goiás, registrou nesta quinta-feira (06) a primeira vítima da variante Ômicron no Brasil. Segundo um comunicado feito pela prefeitura, a confirmação do diagnóstico ocorreu após o sequenciamento genômico do vírus encontrado no paciente.
"Trata-se de um homem de 68 anos, portador de doença pulmonar obstrutiva crônica e hipertensão arterial. Ele estava internado em unidade hospitalar. O paciente era contactante de um caso que a pasta já havia confirmado como infecção pela variante. O homem estava vacinado com três doses", informou a prefeitura.
De acordo com a Secretaria de Saúde, a confirmação do óbito ocorreu dez dias após a nota informando a transmissão comunitária da cepa em Aparecida de Goiânia que, até o momento, possui o registro de 55 casos de infecção pela Ômicron.
Vacina para a variante Ômicron
Classificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma variante preocupante, já se sabe que a Ômicron é uma cepa altamente transmissível e com grande número de mutações. Por outro lado, segundo o órgão, ainda são necessários mais dados sobre os sintomas e a gravidade clínica dessa variante.
Diante disso, diversas pesquisas sobre a Ômicron estão em andamento em todo o mundo - especialmente aquelas que analisam a efetividade das atuais vacinas contra a COVID-19 frente a essa cepa. Em estudos preliminares recentes, foi divulgado que três doses das vacinas da Pfizer e BioNTech possuem potencial para neutralizar a variante.
Entretanto, mesmo com a vacinação completa, algumas características ainda agrupam pessoas com complicações de saúde nos chamados grupos de risco, como é o caso da vítima de Goiás.
"Nós perdemos um paciente vacinado, mas que tinha problemas crônicos de saúde, que são importantes fatores de risco da COVID-19. Infelizmente, ele não resistiu. Uma vida perdida em meio a milhares salvas pela imunização", declarou o secretário de Saúde de Aparecida, Alessandro Magalhães.
Segundo uma nota divulgada pela Pfizer e BioNTech, ambas as empresas estão investindo em testes para a criação de imunizantes específicos contra a nova variante. Além delas, outras companhias farmacêuticas também estão conduzindo experimentos para desenvolver uma vacina que proteja contra a Ômicron e outras cepas do coronavírus.