Médica ginecologista especialista em Endoscopia Ginecológica titulada pela FEBRASGO, também professora de Yoga...
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Medo de engravidar, dor durante a relação, dependência do uso de camisinha masculina e outras situações já fizeram parte da rotina de milhões de mulheres. Com a criação de métodos e produtos, como pílula anticoncepcional, lubrificantes, camisinha feminina e outros facilitadores, entretanto, essa história tem sido reescrita a favor do sexo feminino. Para comemorar esses avanços, o Minha Vida preparou uma lista com grandes revolucionários que contribuem muito para a vida sexual da mulher.
Usar camisinha feminina
Poucas mulheres conhecem essa opção para se prevenir durante a atividade sexual e deveriam investir mais nesse produto. A camisinha feminina é mais resistente que a masculina, oferece menos riscos para infecção de ISTs como o HPV e pode inclusive ser usada por pessoas alérgicas a látex, já que é feita de poliuretano - um material com pouco potencial alergênico. Além disso, usar a camisinha feminina é não depender da vontade do homem de se prevenir e é muito sensível, dando a impressão de nem estar lá.
Pílula anticoncepcional
A pílula possibilitou o prazer feminino sem risco de engravidar. "Combinação dos hormônios estrogênio e progesterona, a pílula anticoncepcional pode ser usada para regular o ciclo menstrual e tratar problemas, como a endometriose e os ovários policísticos", explica a ginecologista Márcia Chico, do Hospital e Maternidade São Luiz, em São Paulo.
Desde os anos 60, o método vem evoluindo e, com isso, os seus efeitos colaterais têm diminuído. Hoje, é possível tomar a pílula sem apresentar retenção hídrica, ter enjoos ou sentir dor de cabeça, por exemplo.
Pílula do dia seguinte
Embora a função principal da camisinha seja prevenir as ISTs, muitos casais também a utilizam como único método de evitar a gravidez. Apesar de o risco ser pequeno, é possível passar pelo susto desagradável de constatar que o preservativo furou durante a relação. "É para situações como essa que a pílula do dia seguinte é recomendada", afirma a ginecologista obstetra Bárbara Murayama, do Hospital 9 de Julho e da Clínica Gergin.
Ela deve ser tomada até, no máximo, 72 horas após a relação, mas lembre-se: é um método que deve ser usado em situações emergenciais. Por conta da elevada quantidade de hormônios que a pílula possui, o uso frequente pode causar inúmeros problemas hormonais, como sangramento irregular.
Sabonete íntimo
A única diferença do sabonete íntimo em relação ao comum é ter o PH neutro. Mesmo assim, ele faz uma grande diferença na vida sexual de muitas mulheres. "O produto protege contra inflamações, como a vaginite, e pode ser usado no caso de alergias genitais", aponta a ginecologista obstetra Miriam Waligora, do Hospital Albert Einstein. Entretanto, como ainda não há consenso entre os médicos se o uso diário do produto é ou não contraindicado, recomenda-se que a mulher consulte o seu ginecologista antes de usar.
Cirurgias vaginais
A ginecologista Márcia Chico conta que as duas principais cirurgias vaginais são a ninfoplastia, que promove a redução dos lábios menores, e a perineoplastia, que corrige toda a anatomia perineal. "Embora possam ser feitos com fins estéticos, esses procedimentos podem ser necessários para resolver problemas de saúde, como a incontinência urinária", explica a médica. Seja qual for o caso, o procedimento deixa a mulher mais segura em relação ao seu corpo, eleva a autoestima e - como resultado - melhora o prazer sexual.
Vacina contra o HPV
Segundo a ginecologista Miriam Waligora, existem mais de 100 tipos do Papiloma Vírus Humano (HPV) que podem ser prevenidos com o uso de preservativo, mas não é uma proteção 100% segura. No caso de manifestações do vírus, como o aparecimento de verrugas ao redor da área genital, o contágio pode acontecer pelo contato de pele.
"Por isso, a vacina contra o HPV deveria ser tomada por homens e mulheres antes mesmo da iniciação sexual para evitar desde infecções até problemas mais complexos, como um câncer", afirma a profissional.
Há dois tipos de vacina contra HPV no Brasil: a bivalente e a quadrivalente. Ambas protegem contra, no máximo, quatro tipos do vírus, entre os mais de 100 existentes. A bivalente protege apenas contra os tipos 16 e 18, responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero, vagina, vulva, anus e pênis.
Já a quadrivalente, que foi recentemente liberada para o público masculino, protege contra esses antígenos e também contra os tipos 6 e 11, os principais agentes de verrugas genitais e condilomas, que são as verrugas genitais produzidas pelo vírus.
Hoje, o foco principal da vacina está em mulheres dos 9 aos 26 anos, no caso da quadrivalente, e dos 10 aos 25, na bivalente - em especial para aquelas que ainda não iniciaram sua vida sexual. Segundo Maricy Tacla, isso acontece porque, teoricamente, a mulher ainda não teve contato com o vírus, o que aumenta a eficácia da aplicação. Para os homens, vale a mesma faixa etária, lembrando que eles podem tomar apenas a quadrivalente.
Usar camisinha feminina
Poucas mulheres conhecem essa opção para se prevenir durante a atividade sexual e deveriam investir mais nesse produto. A camisinha feminina é mais resistente que a masculina, oferece menos riscos para infecção de DSTs como o HPV e pode inclusive ser usada por pessoas alérgicas a látex, já que é feita de poliuretano - um material com pouco potencial alergênico.
Além disso, usar a camisinha feminina é não depender da vontade do homem de se prevenir e é muito sensível, dando a impressão de nem estar lá.