Doutor em cardiologia pela Universidade Federal de São Paulo / Escola Paulista de Medicina, tem título de especialista e...
iNessa época de frio temos o hábito de ficar em casa, enclausurados embaixo de cobertas, mas, atenção: a aglomeração de pessoas em ambientes fechados leva à maior disseminação de bactérias e vírus através de perdigotos (pequenas gotas de saliva e secreções que "flutuam" no ar e podem se espalhar por curtas distâncias).
A gripe ou resfriado podem se transformar e se tornar mais graves, como é o caso das pneumonias, e isso pode transformar o corpo em uma maquina sobrecarregada. A febre leva a desidratação, aumenta a frequência cardíaca, libera ácidos na circulação sanguínea.
Em caso de infecção, frequentemente as pessoas com insuficiência cardíaca desenvolvem um desequilíbrio exagerado entre a demanda que o coração sofre e a capacidade de adequadamente bombear sangue para ele. Então a vacinação é um importante passo na prevenção de complicações.
Segundo a diretriz brasileira de insuficiência cardíaca, de 2012: ?A taxa de vacinação para influenza e pneumococo é reduzida em nosso meio. A vacina pneumocócica, polivalente, deve ser administrada em dose única com reforço após os 65 anos e em pacientes com alto risco (não realizar este reforço com intervalo menor que cinco anos) e a vacina anti-influenza deve ser administrada anualmente?.
Ressaltando que isso está na primeira linha de tratamento de insuficiência cardíaca, independente da causa do estágio.
É de se esperar que o tratamento seja equivalente, seja para gripe comum, ou as suas formas mais graves, como a recém chegada H1N1. O problema das infecções virais é que elas criam um estado de inflamação muito grave, não raro com hipotensão e desidratação.
Outras portas de entrada de complicações
Também são portas para infecções bacterianas, que podem atingir válvulas protéticas ou marcapassos - ainda que menos frequentemente). A endocardite - infecção no revestimento interno do coração - pode aparecer, no entanto, após internação prolongada e administração frequente de medicações nas veias do paciente. Os acessos venosos, por mais bem cuidados que sejam, são canais diretos entre o meio externo e pele e a corrente sanguínea.
Alerta
Em especial em portadores de qualquer prótese cardíaca, qualquer sinal de febre deve ser um alerta máximo. É importante avaliação clinica urgente e evitar automedicação.